Fiança de R$ 1 milhão de Puccinelli ficará depositada na Caixa
Patrimônio do ex-governador está bloqueado
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Patrimônio do ex-governador está bloqueado
Importância de R$ 1 milhão, valor da fiança arbitrada contra André Puccinelli, do PMDB, será depositada numa conta da Caixa Econômica Federal, e lá o dinheiro vai ficar até o desfecho da investigação que afeta o ex-governador de Mato Grosso do Sul (2007-2014). Ele é acusado pela Polícia Federal por integrar suposta organização que fraudava licitação e arrecadava propina por meio de contratos fraudulentos entre o governo estadual e empresas, uma delas a JBS, indústria de alimentos.
Advogados de Puccinelli tentaram suspender a caução, mas o TRF-3 (Tribunal Regional Federal) da Terceira Região, em São Paulo, não admitiu o pedido e determinou que o R$ 1 milhão seja tirado de contas bloqueadas de Puccinelli.
A 3ª Vara Federal de Campo Grande informou na tarde desta quinta-feira (18) ao Jornal Midiamax que a corte já comunicou a Caixa, que logo deve cumprir o procedimento.
Além de mandar transferir o dinheiro da fiança, o TRF-3 autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica de Puccinelli, decisão já cumprida ontem, quarta-feira (17), no final da noite. Se, ao fim do processo, Puccinelli for inocentado, o dinheiro volta para sua conta. Do contrário, a quantia é da União.
O ex-governador ainda não se manifestou quanto a sentença da corte federal.
OPERAÇÃO
A Polícia Federal deflagrou a quarta fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Maquinário de Lama, na quinta-feira passada, uma semana atrás, dia 11. Foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão, 9 mandados de condução coercitiva, quando o citado é levado para depor na delegacia e três mandados de prisão.
De acordo com a PF, a então gestão de Puccinelli, segundo mandato, entre 2011 e 2014, teria arrecadado propina por meio de contratos ilegais na locação de maquinários que pavimentam estradas, contratos suspeitos para confecção de livros e também fraudes na liberação de incentivos fiscais a empresas.
Os três presos na ação da PF foram: André Luiz Cance,ex-secretário-adjunto da Fazenda, que já foi solto; Miched Jafar, dono da gráfica Alvorada, também já libertado. Jodascil Lopes, ex-servidor comissionado da Secretária Estadual de Educação, ainda permanece detido. A Justiça Federal examina o pedido de soltura dele.
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