Ex-prefeito paraguaio preso em MS será julgado por morte de jornalista

Vilmar Acosta, o Neneco, será julgado em outubro no Paraguai

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Vilmar Acosta, o Neneco, será julgado em outubro no Paraguai

Está marcado para o próximo dia 16 de outubro o julgamento do ex-prefeito de Ypehjú, cidade paraguaia vizinha de Paranhos, Vilmar Acosta Marques, conhecido como “Neneco”. Ele foi preso em Mato Grosso do Sul, em março de 2015, acusado do assassinato do jornalista Pablo Medina, correspondente do jornal paraguaio ABC Color.

O julgamento foi marcado na data exata em que completam-se três anos do ataque que acabou com a vida de Medina e de sua companheira, Antonia Almada. O juízo será dado na sede do Palácio de Justiça de Asunción, capital do Paraguai.

A acusação, representada pela promotora Sandra Quiñónez, elencou um total de 42 testemunhas, enquanto a defesa, emcabeçada por Vicente Alderete, apresentou apenas outras cinco. A sessão será presidida pelo presidente do Tribunal, juiz Ramón Trinidad Zelaya.

Uma das testemunhas da acusação será Arnaldo Cabrera López, preso pelo crime de omitir-se de notificar uma infração. O telefone de Cabrera López foi utilizado para monitorar o assassinato.Ex-prefeito paraguaio preso em MS será julgado por morte de jornalista

Neneco pode pegar uma pena de até 30 anos de prisão e ser condenado ainda a outros outros 10 anos de cárcere como medida de segurança.

O Crime

O caso começou em outubro de 2014, após o assassinato duplo de Pablo Medina e Antonia Almada em Villa Ygatimí, no departamento de Canindeyú, no Paraguai. Após o crime, Vilmar Acosta teria fugido para o Brasil. 

O crime teria sido praticado pelo irmão de Neneco, Wilson Acosta Marques, a mando do ex-prefeito, após Medina ter publicado uma reportagem revelando esquemas do tráfico internacional de drogas ligados a Vilmar Acosta, segundo as investigações. 

Neneco foi preso em março de 2015 em Mato Grosso do Sul, onde permaneceu até novembro do mesmo, quando foi extraditado de volta para o país vizinho. Atualmente, ele está preso na Penitenciaría Nacional de Tacumbú, no Paraguai. Seu irmão continua foragido.

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