Deputados dizem que suspensão de abates da JBS é ‘para colocar medo’
‘Receberam com perplexidade a decisão’
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‘Receberam com perplexidade a decisão’
Em nota, deputados estaduais, integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito das Irregularidades Fiscais e Tributárias da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul disseram que receberam com perplexidade a decisão da JBS de paralisar suas atividades de compra e abate de animais no estado.
“Ao invés de agir para colocar medo em produtores e em seus funcionários, a JBS deveria se dispor a dialogar com a CPI”. “Instrumento de pressão que em nada contribui para a solução das pendências que a empresa tem com o Estado de Mato Grosso do Sul”, consta na nota.
Também em nota, a empresa afirmou que tomou a decisão em razão de “insegurança jurídica” vivida em Mato Grosso do Sul. A empresa garantiu manter o pagamento de salários.
A decisão da JBS vem depois do bloqueio de R$ 730 milhões em bens da empresa, decisão tomada pela Justiça diante de pedido de deputados que integram a CPI da Propina. Uma segunda decisão, proferida a uma ação popular, também fez o bloqueio dos bens.
Leia a nota:
Essa paralisação é instrumento de pressão que em nada contribui para a solução das pendências que a empresa tem com o Estado de Mato Grosso do Sul, pelo confessado descumprimento das obrigações queassumiu como contrapartida aos benefícios fiscais que usufruiu ao longo de anos.
Ao invés de agir para colocar medo em produtores e em seus funcionários, a JBS deveria se dispor a dialogar com a CPI e a apresentar caminho para a solução consensual da questão, indicando forma de pagamento dos valores que deve ao Estado e garantias reais para assegurar o cumprimento dessas obrigações.
A CPI está à disposição para, perante o Poder Judiciário, reunir-se com a JBS e com representantes do Estado de Mato Grosso do Sul, do Ministério Público Estadual, do Ministério Público do Trabalho e das entidades que representam os produtores e os trabalhadores, para encontrar uma solução que, a um só tempo, assegure o efetivo ressarcimento do Estado, a preservação da atividade de abate de animais e, em especial, os empregos dos trabalhadores.
A CPI realiza trabalho sério, equilibrado, guiado pelo bom senso e pela preservação do interesse público, e assim continuará a conduzir suas atividades. Comissão Parlamentar de Inquérito das Irregularidades Fiscais e Tributárias da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul – CPI/IFT
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