Previdência deve ser pautada em julho
Deputados federais por Mato Grosso do Sul que estiveram nesta segunda-feira (19) em Campo Grande no evento de assinatura de ordem de serviço após liberação de emendas parlamentares disseram acreditar que a reforma da previdência não deverá ser aprovada neste ano no Congresso.
Com previsão para ser colocada em votação na primeira quinzena de julho, a aprovação deve ficar apenas para 2018 por adequações no texto. Para Zeca (PT), o presidente Michel Temer até teria base política para concluir a gestão, mas não forte o suficiente para aprovar a reforma ainda neste ano, após o escândalo da JBS.
Neste fim de semana, a Revista Época publicou uma entrevista com Joesley Batista, dono da empresa, afirmando que Temer seria “o chefe da quadrilha mais perigosa do Brasil”.
Tereza Cristina afirmou que o presidente terá “sérias dificuldades por vivenciar um momento de fragilidade” e que terá que fazer adaptações no texto que já tramita se quiser aprová-lo. A deputada afirmou que teria que avaliar se seria bom ou ruim para o país votar contra ou a favor de um possível pedido de afastamento contra Temer.
Elizeu Dionizio disse que acredita ser difícil a aprovação da reforma. “Não votaria pela reforma hoje e também votaria pelo afastamento, se ele fosse pedido”.
O governo afirma que as despesas do INSS estão em torno de 8% do PIB e, “se nada for feito, as projeções para 2060 apontam que o percentual deve chegar a 18%, índice que inviabilizaria a Previdência”.
Em 2016, somente o déficit do Regime Próprio dos Servidores da União (civis e militares) passou de R$ 77 bilhões.