CPI da Propina quer que Janot explique se há ressarcimento da JBS para MS
Deputados avaliam suspender vistorias em unidades
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Deputados avaliam suspender vistorias em unidades
Em reunião nesta quarta-feira (23) sobre a CPI da Propina na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, os deputados que compõe a comissão querem primeiro um encontro com o procurador-geral da República Rodrigo Janot para saber se está incluso no acordo de leniência a ser firmado com o grupo JBS previsão de dinheiro a ser devolvido para o Estado.
A dúvida coloca em xeque o cronograma de visitas da CPI a unidades da JBS no Estado, já que a empresa tem assumido não cumprir os acordos na véspera das vistorias programadas, como aconteceu em Ponta Porã e, nesta semana, em Campo Grande.
Para Eduardo Rocha (PMDB), a questão tem que ser tratada com responsabilidade. “Acho que [a empresa] não cumpriu nada. Sou a favor de, com critério, continuar mantendo as visitas no cronograma”.
Pedro Kemp (PT) defende a suspensão das visitas, já que a empresa tem enviado as confissões de culpa. Presidente da comissão, Paulo Correa (PR) acredita que esta seja uma estratégia da defesa, usando o cronograma para se posicionar se cumpriu ou não os TAREs (Termos de Ajuste de Regime Especial) conforme as unidades são vistoriadas.
Para o parlamentar, é preciso esperar que a empresa reconheça que não cumpriu os acordos para que depois disso a CPI cobre os valores. Caso não esteja prevista no acordo de leniência a restituição do valor abdicado em troca de investimentos, Rocha sugeriu que a CPI peça bloqueio de bens da JBS.
A reunião com Janot será tentada via os senadores do Estado. Entretanto, mesmo antes da reunião Correa afirma que é possível apontar que a JBS emitiu notas frias em Mato Grosso do Sul. Paulo Siufi (PMDB) sugeriu que os demais TAREs firmados pelo governo do Estado sejam analisados, sem importar em qual gestão foram feitos os acordos.
A JBS teria recebido R$ 99 milhões de incentivo só no primeiro TARE analisado, de 2016, com a promessa de investir R$ 285 milhões nas oito unidades que se instalaram em MS: duas em Campo Grande, Ponta Porã, Naviraí, Coxim, Nova Andradina, Anastácio e Cassilândia.
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