Com anúncio de medidas para conter gastos do Governo, cenário é de alerta para servidores
Governo se reuniu pela manhã com sindicalistas
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Governo se reuniu pela manhã com sindicalistas
Às vésperas do início das negociações salariais dos servidores públicos, o cenário é de alerta entre os servidores públicos estaduais, em especial após o anúncio de medidas para cortar gastos feito pelo Governo do Estado. Para representantes do servidores o momento é de alerta.
Na manhã desta segunda-feira (13) os secretários de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov), Eduardo Riedel, e de Administração (SAD), Carlos Alberto Assis, se reuniram com sindicalistas para apresentar e discutir a real situação econômica da administração . O encontro foi solicitado pela Ferserp (Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais de Mato Grosso do Sul). “O que tínhamos eram notícias da mídia, por isso solicitamos o encontro para saber a real situação”, explica o presidente Ferserp, José Ferreira.
A redução de receita do Estado de Mato Grosso do Sul – déficit mensal já chega a R$ 100 milhões – e a recessão econômica que assolou o país em 2016 devem culminar em um projeto que pede redução de gastos públicos por dez anos, conforme declarou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Além da reorganização de pastas e fusão de secretarias, já anunciado pelo chefe do executivo, uma redução de custos minuciosos dentro das autarquias ligadas ao governo do Estado também deverá ocorrer. É o que explica o líder do PSDB na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alms), deputado Rinaldo Modesto. A Casa de Leis deve receber o projeto de reforma administrativa até terça-feira (14).
De acordo com José Ferreira, por enquanto o assunto reajuste salarial ainda não foi pauta do diálogo do Governo com a categoria, ao invés disso, além da indecisão se vão ou não ter sucesso na negociação salarial, a conversa com os sindicalistas serviu para repassar explicações sobre o mau momento e esclarecer dúvidas sobre o corte de trabalhadores. Apesar da garantia apresentada pelos secretários de não extinguir nenhuma função ou serviço, Ferreira afirma que o momento é de apreensão para os servidores.
“O cenário é de alerta. Nos disseram sobre a baixa arrecadação e da necessidade de cortar comissionados e gastos. Isso nos preocupa porque se o Governo alega que vai cortar gastos, é o funcionalismo público que sofre as consequências e isso não pode nos ser empurrado de cima para baixo”, explica o presidente.
O presidente da ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares da Silva, explica que vê com bons olhos o plano para redução de despesas do Governo, porém, rechaça a ideia de que os servidores possam ser prejudicados. “O corte de gasto é necessário, mas isso não pode passar pelo servidor efetivo. O ônus não pode cair nas costas de quem movimenta a máquina pública”, relata.
Sobre o reajuste salarial o presidente se diz confiante de que a Administração vai cumprir com o que foi acordado na negociação com a categoria no ano passado, e verticalizar o salário dos militares até 2018. “Estamos em um período preocupante e de apreensão, mas creio que isso é natural, principalmente quando se aproxima a negociação. Creio que o Governo vai cumprir com o que prometeu, além de pelo menos corrigir o índice da inflação, afinal, é preciso motivar quem trás segurança para a população”, explica.
Para a presidente do Sindsad-MS (Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Administração do Estado de Mato Grosso do Sul) a necessidade de readequação econômica que o Estado enfrenta era esperado e um reflexo do cenário nacional. “O cenário nacional é de preocupação e isso se reflete por aqui. Vamos aguardar e dialogar sempre”, acredita.
Cortes
Ainda não há informações de como serão os cortes, qual o número de funcionários que serão atingidos ou quais secretarias deverão passar por fusão. A assembleia legislativa também deve votar projeto de redução de gastos, que será encaminhado pela mesa diretora da Assembleia ainda nesta semana, conforme explicou o líder do Governo na Assembleia Legislativa, RInaldo Modesto (PSDB).
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