Maioria dos deputados discorda de chapa

A eleição para a nova diretoria do Sisalms (Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) gerou debate entre os deputados estaduais na sessão desta quinta-feira (10) da Casa de Leis e chegou à Tribuna.

Após servidores comissionados montarem uma chapa e conseguirem uma liminar na Justiça para disputar as eleições, o deputado Paulo Correa (PR) usou a palavra para afirmar achar ‘muito estranho ter um grupo de comissionados buscando essa manutenção”.

Quando o deputado eleito termina o mandato, o servidor comissionado é exonerado. Caso faça parte da diretoria do sindicato, ele permaneceria. O próprio regimento interno prevê que somente os servidores efetivos participem da disputa. No ano passado, foi realizado o primeiro concurso da Assembleia.

O deputado Coronel David (PSC) declarou que ficou sabendo que um dos seus servidores comissionados fazia parte da chapa. “Pedi que ela retirasse seu nome imediatamente. Sou legalista por uma questão de princípios”.

Eduardo Rocha (PMDB) disse que se reunirá com seus servidores no gabinete para convencê-los a deixar a representatividade para quem é efetivo. “Comissionados não podem participar de chapa e concorrer”.

Petista, Cabo Almi disse que cada um pode votar e ser votado se pagou sua contribuição sindical e gerou discussão na Casa. Correa rebateu e acusou o deputado de apoiar a chapa. “É uma dupla ilegalidade essa chapa de comissionados e ter um deputado apoiando isso”.

Onevan de Matos (PSDB) afirmou que o objetivo de quem busca se colocar nesse sindicato é assegurar o servidor mais tempo remunerado. “Remunerado e sem trabalhar. Meu gabinete não tem servidor que vá participar”, garantiu.

Correa finalizou prometendo encaminhar aos gabinetes cópia dos documentos que demonstram ser necessário que o servidor seja efetivo para participar, ‘ainda que uma liminar permita atualmente que a chapa de comissionados possa se colocar como opção’.