Câmara passa na frente de Temer e publica gravações em sigilo pelo STF

Áudios eram aguardados por defesa do presidente

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Áudios eram aguardados por defesa do presidente

A Câmara dos Deputados divulgou neste domingo (15), em seu site oficial, áudios recuperados pela Polícia Federal que estavam sob sigilo por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal). Apesar da publicação, o relator do caso no STF, Edson Fachin, diz que as gravações permanecem em segredo.

Os áudios foram encontrados em um dos gravadores do empresário Joesley Batista, dono da JBS, que teve sua prisão temporária decretada após o vazamento dos áudios, que comprovariam obstrução à Justiça por parte do delator.

As gravações eram esperadas pelo presidente Michel Temer (PMDB) já há quatro meses. Temer chegou a protocolar um pedido para ter acesso aos áudios no STF. O presidente é alvo de denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), em decorrência da delação da JBS.

Na mesma publicação, a Câmara disponibilizou vídeos da delação do operador Lúcio Funaro, que também estavam em sigilo no STF. O vazamento gerou uma crise entre Presidência e Câmara, já que no vídeo, Funaro faz acusações contra Temer.Câmara passa na frente de Temer e publica gravações em sigilo pelo STF

Ao todo, foram sete áudios recuperados pela Polícia Federal. Em um deles, o mais polêmico, Joesley Batista aparece conversando com os delatores Ricardo Saud e Francisco Assis e Silva sobre a participação do ex-procurador Marcello Miller na defesa da empresa.

Miller é suspeito de ter favorecido a JBS no acordo de delação premiada firmado pela empresa com a PGR (Procuradoria-Geral da República), na época em que ele ainda era procurador.

Parte das gravações levou o ex-procurador Geral da República, Rodrigo Janot, a suspender os acordos de delação com a JBS e determinar a prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud.

Das sete gravações recuperadas, apenas três são audíveis. Em uma delas, Saud conversa com o ex-deputado João Magalhães, e na última, Joesley conversa com um homem de nome Gabriel, que a Polícia acreditar ser o deputado Gabriel Guimarães (PT).

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