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Política

Brasília ‘pega fogo’, tem feridos, Exército é convocado e fica nas ruas até o dia 31

Tropas jestão na frente do Palácio do Planalto
Arquivo -

Tropas jestão na frente do Palácio do Planalto

A quarta-feira (24) foi marcada pelos protestos em . Milhares de manifestantes – o número ainda é incerto – ocuparam o Congresso e a Praça dos três poderes, pedindo o fim das reformas, a saída do presidente Michel Temer (PMDB) e eleições diretas. A manifestação acabou com a notícia de que Temer acionou as Forças Armadas, por meio de decreto, para realizarem a segurança dos poderes até o dia 31 de maio.

A concentração começou por volta das 11h do horário de Brasília. Os manifestantes saíram do estádio Mané Garrincha, onde cerca de 500 ônibus estavam estacionados e seguiram em direção ao Congresso. De Mato Grosso do Sul saíram 40 ônibus levando trabalhadores ligados à entidades sindicais.

Sindicalistas do Estado relataram ao Jornal Midiamax que o protesto foi pacífico e que foram abordados com truculências pela polícia militar ao chegarem no Congresso, onde as forças formaram um bloqueio. Por volta das 14h, os manifestantes começaram movimento de avança-empurra, na tentativa de furar o bloqueio.

Enquanto o clima ‘esquentava’ lá fora, as sessões da Câmara, do Senado e até do STF (Supremo Tribunal Federal) chegaram a ser interrompidas. Parlamentares trocaram farpas e até uma briga física foi registrada, envolvendo deputados federais da oposição e da base do governo Temer.

O protesto avançou e os manifestantes, de acordo com o El País , colocaram 3 barricadas de fogo em frente à Esplanada dos Ministérios, além de atearem fogo em banheiros químicos em frente ao Palácio do Planalto. O incêndio na sede do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) podia ser visto de longe, e o prédio teve que ser evacuado. Outros ministérios também foram depredados.

Um manifestante foi filmado em uma cena forte, caminhando após ter a mão dilacerada por um rojão. Confira o vídeo aqui.

Uso das Forças Armadas

Por volta das 17h, horário de Brasília, o presidente autorizou o uso das Forças Armadas, explicada pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, em pronunciamento oficial. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União e as tropas devem permanecer até o dia 31 de maio.

O ministro da Defesa disse que o protesto desta quarta-feira “degringolou para a violência, o vandalismo, o desrespeito, na agressão ao patrimônio público, na ameaça às pessoas, muitas delas servidores que se encontram aterrorizados”. 

O ato dividiu opiniões e acirrou ainda mais os ânimos no Congresso. O ministro do STF, Marco
Aurélio pediu vistas durante a sessão e criticou o presidente. Ele declarou “esperar não ser verdade”. A sessão da Câmara acabou suspensa.

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) criticou o presidente. Renan afirmou que a atitude “beira a insensatez e a irresponsabilidade”. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), por sua vez, defendeu a atitude por meio de uma publicação no Facebook.

“A ordem tem sim que ser mantida nesse momento, e as Forças Armadas existem pra isso. Agiu com firmeza, agiu com razão, o senhor presidente da República. E eu espero que agora, esses que participam desta farsa e desse complô cessem as suas atividades, até porque se torna claro que elas são hoje extremamente prejudiciais ao Brasil. Fora complô! Abaixo complô! Viva Temer! O Brasil tem que avançar e nós não vamos nos afastar dessa decisão”.

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