Anúncio foi feito nesta manhã

Após pressão popular, o prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) anunciou mudanças que serão feitas ao decreto que regulamentou a Uber. As alterações vão ocorrer por meio de portaria assinada pelo diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transporte), Janine Lima Bruno. Os motoristas terão 180 dias para regularizar  a situação e ao invés de 490, o número de condutores vai ser elevado para 980, o total de carros continua o mesmo.

Isso porque cada motorista poderá cadastrar um auxiliar para revezar o veículo que terá adesivo com os dizeres ‘estou legal’ para demostrar que é regularizado. A produção da colagem ficará por conta da Agetran. Marquinhos se comprometeu a estudar a possibilidade de aumentar o total de veículos e disse que vai levar o assunto à Câmara Municipal.

“O político tem que ouvir o povo e eu sempre fiz isso”, disse o prefeito. Ele garantiu que a portaria estava pronta e seria colocada em prática após o feriado do Carnaval, mas diante do clamor popular, principalmente por meio das redes sociais, resolveu adiantar. A publicação será feita até a próxima sexta-feira (3).

Em frente ao Paço, local em que ocorreu a coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (27), vários motoristas aguardavam as falas do prefeito. Dois representantes da categoria foram chamados para participar do anúncio. Wellington Dias, presidente da AMU (Associação dos Motoristas de Aplicativos de Mobilidade Urbana) acompanhou tudo.

No fim, declarou que as modificações são boas, porém não são suficientes para resolver o entrave causado pelo decreto. Ele relata que vários motoristas deixaram seus empregos para integrar a Uber, além dos que estavam desempregados e viram no aplicativo uma chance para retornar ao mercado de trabalho.

“Não dá para limitar o número de veículos e 180 dias talvez seja pouco tempo”, disse para Marquinhos, que prometeu analisar melhor as questões colocadas. O dirigente contou que a categoria já contratou advogado para entrar com mandado de segurança para invalidar o decreto. “Não vamos desistir da ação, queremos saber se tudo isso é legal mesmo”, completou.

Marquinhos, por sua vez, voltou a dizer que passou por várias capitais que estavam enfrentando verdadeiras batalhas entre motoristas da Uber e taxistas. “Quero evitar isso aqui”, explicou.

Ato –  Página criada no Facebook organiza manifestação contra o decreto que regulamenta o serviço. O evento criado na rede social será no próximo sábado (4) das 14h às 16h, na Praça Ary Coelho. Até o momento 6 mil internautas têm interesse em comparecer e 3,5 mil confirmaram presença.