Detido teria envolvimento em compra de livros fraudulenta

Para a advogada Andrea Flores, a 3ª Vara Federal de Campo Grande, deve examinar até sexta-feira (18) o pedido de soltura do ex-servidor comissionado da Secretaria Estadual de Educação, Jodascil Lopes, preso no âmbito da quarta fase da Lama Asfáltica, operação da Polícia Federal, deflagrada quinta-feira passada, 11. Lopes, segundo a PF, estaria implicado num esquema de fraude de licitação e pagamento de propina na gestão do ex-governador André Puccinelli, no período de 2011 e 2014.

Andrea disse que Jodascil prestou depoimento, ontem, segunda-feira (15) e negou as suspeitas. “Ele não recorreu ao direito de ficar calado e mostrou documentos que comprovam de onde veio seu patrimônio”, afirmou na defensora.

A advogada ingressou com o pedido de habeas corpus na sexta-feira passada (12). Ela disse que a Justiça Federal já enviou o caso para o parecer do Ministério Público Federal. Depois disso, a Justiça define se mantém preso ou manda libertar Jodascil.

Andrea Flores disse também que, se a Justiça Federal negar o habeas corpus a seu cliente, entra, de imediato, com recurso no TRF-3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região, em São Paulo.

O TRF-3 mandou soltar nesta terça-feira (16) o ex-secretário-adjunto da Fazenda, André Luiz Cance, que também integraria o suposto esquema fraudulento imposto na gestão do ex-governador.

De acordo com a PF, Jodascil teria agido numa trama que envolveria a confecção de livros na gráfica Alvorada, cujo dono, Micherd Jaffar, também está detido. A gráfica teria imprimido 100 mil livros, sem licitação.

A Justiça Federal negou prender André Puccinelli, mas determinou que ele pague fiança de R$ 1 milhão e ande com tornozeleira eletrônica. Ainda segundo a PF, o suposto plano criminoso da gestão do peemedebista teria causado rombo de R$ 150 milhões aos cofres estaduais.