Vereador aponta articulação da base de Bernal para justificar cassação

Segundo ele houve diálogo de ambos os lados

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Segundo ele houve diálogo de ambos os lados

A defesa do vereador Paulo Siufi (PMDB) apontou tratativas de aliados do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), para convencer legisladores a não votarem em sua cassação em março de 2014. As argumentações são para rebater ação da Operação Coffee Break que pede bloqueio de bens dos 24 denunciados na apuração.

O agora senador Pedro Chaves (PSC), que na época era secretário de Governo e Relações Institucionais, bem como o então vereador da base aliada Paulo Pedra (PDT), são citados como articuladores para tentar deter a cassação do progressista. Tudo para ilustrar que as conversações dos opositores não foram armação para aplicar golpe, como afirmado pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual).

“Há referências de que teria atuado em favor do prefeito no atendimento a demandas para a composição de cargos na Prefeitura Municipal e, em contrapartida, garantir apoio parlamentar para evitar a cassação, conforme foi amplamente divulgado na imprensa”, diz a defesa em relação a Chaves.

Já sobre Paulo Pedra aponta que o mesmo votou pela instalação da Comissão Processante, mas no julgamento votou pela não cassação e quando Bernal voltou à Prefeitura, em agosto do ano passado, o ex-vereador foi nomeado secretário de Governo.

Além disso, na defesa prévia, os advogados alegam que não houve lesão a direito individual ou dano ao patrimônio público, “eis que: eventual lesão a direito individual haveria de ser questionada pelo suposto prejudicado, Alcides Bernal, que não pode ser representado pelo Ministério Público; dano ao patrimônio público que, em tese, poderia ser defendido pelo autor, não é informado, tanto que inexiste pedido de reparação nos autos, com exceção ao de danos morais coletivos, a ser contestado em momento próprio”.

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