Troca de e-mails já revelava suposta relação entre Puccinelli e Odebrecht

Conversa é de 2009, mas veio à tona em janeiro de 2016

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Conversa é de 2009, mas veio à tona em janeiro de 2016

No final de janeiro deste ano uma troca de e-mails já revelava indícios da relação do ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), com a Odebrecht. Isso porque o dono da empresa, Marcelo Bahia Odebrecht, preso desde junho devido a Operação Lava Jato, citou o peemedebista e o ex-presidente da República Luiz Inácio da Silva (PT) em mensagem eletrônica enviada a um grupo de empreiteiros em 2009.

Ele conta conversa que teve com Lula durante agenda em Corumbá, sendo que na mesa de reunião também estavam o presidente da Bolívia Evo Morales, bem como Puccinelli.

O interesse aparente do empreiteiro era nos negócios do grupo no setor petroquímico boliviano. “Acabei tendo oportunidade de conversar com Lula e Chaves enquanto estavam na sobremesa. (Andre, Gov. do MS estava ao lado)”, escreveu Odebrecht em mensagem de 15 de janeiro de 2009 data em que ocorreu a agenda confundindo Evo com Hugo Chavez então presidente venezuelano, morto em 2013.

No mesmo dia Lula esteve na Bolívia para ato inaugural de trechos da pavimentação asfáltica da rodovia, conhecida como rota interoceânica. Na conversa com seus executivos, Odebrecht apontou interesse no Pólo Gás Químico que uniria unidades do setor petroquímico em terras bolivianas e brasileiras.

O nome de Puccinelli e outros três políticos de Mato Grosso do Sul foram listados em documentos apreendidos na casa de Benedicto Barbosa Silva Junior, presidente da empreiteira, durante a 23ª fase da Lava Jato, no dia 22 de fevereiro. Em planilhas ou listas simples, aparecem também o atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e os deputados federais Vander Loubet (PT) e Luiz Henrique Mandetta (DEM).

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