Simone Tebet defende relator de processo de impeachment de Dilma Roussef

Senadora afirmou que atrasar processo pode gerar multa

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Senadora afirmou que atrasar processo pode gerar multa

Às 10h, depois de quase duas horas do início do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff (PT) no Senado Federal, a senadora Simone Tebet (PMDB) deu início a um questão de ordem, em resposta à senadora Fátima Bezerra, que alegou que o relator do processo de impeachment, Antonio Anastasia, não teria isenção política para realizar a relatoria, por ser uma das “principais figuras” do PSDB.

Simone pediu que o presidente da sessão, Ricardo Lewandowski, rejeitasse a questão de ordem de Fátima, pois a relatoria de Anastasia já foi acolhida no Senado. A senadora não poupou elogios ao relator do processo, dizendo que o parecer de Anastasia é “irrefutável, incontestável”, e que não há no relatório “uma linha que possa ser demolida” pela defesa de Dilma Rousseff.

A senadora ainda afirmou que uma pessoa que comete o ato de litigar – questionar a ordem jurídica – com o objetivo de procrastinar o processo jurídico, pode responder a multa. Foi então que o senador Jorge Viana (PT), questionou Simone sobre se os senadores seriam juízes ou litigantes naquele processo.

Viana fez referência à abertura da sessão, em que o presidente Ricardo Lewandowski afirmou que ali, naquele dia, todos seriam “juízes” no julgamento de Dilma Rousseff. Ele fez ressalvas à formação em direito de Simone, mas perguntou à Senadora se, como juízes, poderiam responder por multas ao julgarem o processo do impeachment.

Tebet respondeu que não haveria na questão nenhum conflito, pois iriam julgar o processo de Dilma com a autoridade jurídica concedida no momento. Viana não concordou ainda com a resposta da peemedebista, e voltou a questão ao presidente Lewandowski, que reiterou a fala da senadora.

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