“É o preço que estou pagando por sentar nesta cadeira”

O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da Comissão Especial de Impeachment, se defendeu de denúncias publicadas contra ele nesta segunda-feira (2) pelo site Uol. A matéria afirma que Lira teria feito uma doação em espécie à chapa na qual concorria como suplente no Senado, com recursos que não teriam sido declarados à Receita Federal.

— É o preço que estou pagando por sentar nesta cadeira neste momento — disse durante a reunião da comissão.

O senador afirmou se tratar de um erro de informação. Sobre a alegação da incompatibilidade de seus recursos com a doação, ele afirmou pagar, todos os meses, mais de R$ 500 mil de Imposto de Renda.

— Eu não doei nem 0,10% do que eu tinha quando eu fiz essa doação — argumentou.

Lira também explicou que as transferências bancárias referentes às doações foram feitas com cheques cruzados nominais. Além disso, segundo o senador, não há a obrigatoriedade de declarar as aplicações em bancos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma questão de segurança. As aplicações, disse, estão declaradas à Receita.

O senador alegou, ainda, que suas contas de campanha já foram julgadas e que não se constataram irregularidades. Para ele, as informações publicadas deixam de ser liberdade de imprensa e passam a ser excesso,  dada a maneira como foram divulgadas.