Declarações foram feitas após intervenções desta terça

O senador sul-matogrossense Pedro Chaves (PSC) avaliou as intervenções tanto da parte de acusação quanto da defesa de Dilma Roussef (PT) no processo de impeachment nesta terça-feira (30). Para ele, a acusação apresentou argumentos embasados, enquanto a defesa apelou para o lado sentimental.

Na acusação, a advogada Janaína Paschoal colocou, de forma muito clara, que houve realmente crime, tanto nas pedaladas como nos créditos subsidiados, em que Dilma Rousseff não poderia assinar mas, contrariando a Lei de Responsabilidade Fiscal, assinou no lugar do Congresso cometendo crime. Por outro lado, o advogado de defesa José Eduardo Cardozo, tentou sensibilizar os senadores por  de um discurso emotivo dizendo que Dilma, aos 19 anos, tinha sofrido tortura, que resistiu e que , hoje, novamente, resistiria ao impeachment”, relatou Pedro Chaves.

Ao avaliar que, em termos de fatos concretos, José Eduardo Cardozo foi vazio em seu discurso, Pedro Chaves elogiou o trabalho da advogada Janaína Pascoal e do jurista Miguel Reale Júnior, que afirmou que o país está prestes a mudar de mentalidade a partir desse processo.

Ele elencou problemas graves como a recessão, a alta da inflação, o desemprego, a queda de investimentos enfim, defendendo a necessidade de um choque de gestão. E o Temer é a pessoa indicada pra isso”, afirmou o senador.

Julgamento

A fase de discussão dos senadores no julgamento da presidenta afastada Dilma Rousseff deve durar até a madrugada desta terça-feira (31). Ao todo 66 senadores se inscreveram para discursar, e destes, 49 ainda devem subir à tribuna do plenário do Senado. O número ainda pode mudar durante a sessão, para mais ou para menos.

Depois disso, a sessão deve ser interrompida e retorna amanhã para votação.