Senador também diz que Dilma iniciou medidas neoliberais seguidas por Temer

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) declarou, em entrevista à rede BBC, que não acredita que Dilma consiga reverter o processo de impeachment. Ele disse, ainda, que defender o mandato da presidente afastada corresponde à ‘opinião histórica do partido’ e que os defensores do afastamento é que teriam mudado.

Um dos poucos nomes de expressão no PMDB que não são a favor do impeachment e do governo Temer, Requião diz não sofrer pressão interna no partido. “O PMDB não é o partido nazista”, disse o senador na entrevista. “É um partido que vive da diversidade de opiniões. Na verdade, a minha opinião é a opinião histórica do partido, os outros é que estão mudando”, conclui.

O paranaense afirma que a presidente afastada deveria ‘criar uma aliança para formar um governo de coalizão nacional’, além de ‘uma mudança radical da política econômica e busca pelo apoio popular’, mas que ela não o faria por ser ‘teimosa’, segundo o senador.

Requião avalia que a política econômica que vinha sendo dirigida por Dilma é ‘inaceitável’. Ele afirma que foi a presidente afastada quem iniciou as medidas seguidas atualmente pelo interino Michel Temer (PMDB), de fazer cortes em áreas sociais e privatizações.

“Na verdade, ela começou a fazer o que o Temer quer fazer agora. Privatizações, a visão neoliberal da economia, a globalização e destruição de empresas públicas, cortes na saúde e na educação, cortes na Previdência, precarização das leis de trabalho… enfim, é a reação do capital vadio contra o Estado social”, aponta.

(Com supervisão de Daiane Libero)