Projeto que trata da terceirização e as relações de trabalho é debate na ALMS
Chegou ao Senado em abril do ano passado
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Chegou ao Senado em abril do ano passado
De acordo com os dados apresentados pelo senador Paulo Paim (PT/RS) durante a audiência pública que debateu a Terceirização (PLC 30/2015), nesta sexta-feira (19/2), atualmente são 12 milhões de terceirizados no país. Além de estarem mais expostos aos acidentes de trabalho, os terceirizados cumprem jornada de três horas a mais por semana e recebem 25% a menos do que os trabalhadores com contratos diretos.
O PLC 30/2015 dispõe sobre os contratos de terceirização e as relações de trabalho deles decorrentes. A audiência foi presidida pelo relator do projeto, senador Paulo Paim. O projeto da terceirização chegou ao Senado em abril do ano passado, depois de ser aprovado pela Câmara dos Deputados.
O texto não usa os termos atividade-fim ou atividade-meio, mas permite a terceirização em qualquer setor de uma empresa. “O projeto viola as conquistas sociais de muitas décadas de história e fragiliza os direitos trabalhistas referendados na Consolidação das Leis do Trabalho. Eu avalio este projeto como impróprio e não aceitável”, afirmou Paim. Já foram realizadas 23 audiências em todo o país e conforme o senador o objetivo de passar em todos os 27 estados é buscar subsídios para fundamentar o seu relatório ao PLC.
“Eu quero ouvir as pessoas para elaborar um relatório bem fundamentado, assim como, apresentar uma proposta aperfeiçoada”. Para o deputado Lidio Lopes (PEN) há necessidade do debate. “Jamais poderíamos ficar de fora desse debate e nossa posição é contrária ao projeto porque acreditamos nos avanços para os trabalhadores e não podemos rasgar a CLT”, destacou o parlamentar. Já o deputado Pedro Kemp (PT) lembrou da frase do ex-deputado federal Adão Preto que diz que os trabalhadores têm que ter um pé na rua e um no Parlamento.
“A mobilização dos trabalhadores é fundamental porque a representação do capital é muito forte no Parlamento. Queremos sim regulamentar o trabalho terceirizado para evitar acidentes, mas não podemos permitir que esse projeto seja aprovado”, avaliou Kemp.
“A terceirização favorece a precarização, o trabalho escravo e infantil e não podemos concordar com isso”, argumentou o coordenador do Fórum em Defesa dos Trabalhadores, Maximiliano Garcez. E o superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego do Estado de Mato Grosso do Sul (MTE/MS), o advogado Yves Drosghic reforçou que “no Brasil não temos um costume de tratar os efeitos e sim as causas dos problemas, mas é necessário igualar os direitos dos terceirizados, porque a cada cinco acidentes, quatro são com terceirizados”.
A representante da Marcha das Mulheres, Fabiana Pereira Machado acrescentou que as mulheres representam 44% dos trabalhadores do país. “As mulheres irão sofrer muito se o projeto for aprovado, porque o aumento de carga de trabalho vai ter reflexo dentro de casa, somos a favor do fim da terceirização em todos os sentidos”.
Como encaminhado da audiência pública foi aprovado por unanimidade e na íntegra uma carta de repúdio ao atual texto aprovado pela Câmara dos Deputados ao PLC 30/2015. Participaram também dos trabalhos os deputados Amarildo Cruz e Cabo Almi , ambos do PT, além de diversos representantes de entidades da classe trabalhista. As próximas audiências serão em Aracaju/SE no dia 25 de fevereiro, Maceió/AL no dia 26 de fevereiro, Palmas/TO em 10 de março e Goiânia/GO em 11 de março. E para maio está programado um ato em Brasília que irá reunir entidades sindicais de trabalhadores de todo país.
Notícias mais lidas agora
- Chuva chega forte e alaga ruas da região norte de Campo Grande
- Há 13 anos, casa no bairro Santo Antônio é decorada por Elizabeth com enfeites únicos de Natal
- Pais são presos após bebê de 2 meses ser queimado com cigarro e agredido em MS
- VÍDEO: Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio: ‘viadinho’
Últimas Notícias
Taxas avançam com mensagem dura do Copom e pessimismo fiscal
Em meio ainda à maior cautela no ambiente externo
Câmara aprova fim da cobrança de roaming entre países do Mercosul
O texto segue para análise do Senado
Rompimento de fibra ótica deixa serviços de prefeitura em MS fora do ar
Prefeitura de Corumbá ficou com serviços fora do ar nesta quinta
Natal: instituto identifica itens da ceia com peso abaixo do anunciado
A Operação Pente Fino Natal fez a verificação entre 25 de novembro e 6 de dezembro
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.