Presidente nega pedidos de suspensão da sessão de impeachment por aliados de Dilma
Senadores apresentaram palavras de ordem pedindo por decisão do STF
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Senadores apresentaram palavras de ordem pedindo por decisão do STF
Em defesa da presidente Dilma Roussef, a senadora Gleisi Hoffman apresentou palavra de ordem logo no início da sessão desta quarta-feira (11) pedindo suspensão da votação do impeachment, até que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgue mandado de segurança impetrado pela presidente no órgão superior. O pedido foi negado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros.
Citando o professor Darci Ribeiro, a Senadora Gleisi Hoffman (PT/PR) se disse indignada com o processo e iniciou discurso à favor de Dilma Roussef. “ Subo neste tribunal contra um julgamento injusto, por vícios e nulidades. Indignação contra um julgamento seletivo, porque os pressupostos jurídicos que será utilizados hoje, para fazer o afastamento da presidenta, não serão usados para nenhum outro governante, morrerão qui, serão enterrados hoje”.
A senadora defende que o processo foi “criado exclusivamente para anular o resultado da última eleição, enfraquecer o voto popular, atingir o presidente Lula e a presidente Dilma”. Gleisi classificou o mandato de Dilma como um mandato “inclusivo” e acusou a elite do país de tentar chegar ao poder sem o voto.
Ainda segundo a senadora, os crimes citados contra a presidente Dilma, nunca foram considerados irregulares na questão orçamentária do Brasil. “A edição de seis decretos e o atraso atraso no pagamento de juros, as chamadas pedaladas, nunca foram julgadas em razão de nenhum governante e esses governantes nunca serão julgados pelos mesmos atos praticados, como acusam Dilma”.
“Falta à elite desse país, um projeto de nação, para elaborar um projeto que contemple e conquiste votos na urna e escolheram um atalho para chegar ao poder de forma indireta”. Gleisi disse ainda que falta aos líderes a paciência para respeitar o período eleitoral do Brasil e que querem arrancar do poder a primeira mulher eleita neste país.
Por fim, a senadora apresentou questão de ordem, pedindo a suspensão da votação do pedido de impeachment até decisão do Supremo Tribunal Federal sobre mandado de segurança impetrado pela presidente Dilma Roussef.
Cassio Cunha citou regimento interno, explicando que a questão de ordem apresentada por Gleisi contraria questão decidida anteriormente, pedindo ao presidente Renan Calheiros que ignore a questão de ordem da senadora, pedido este, que foi considerado pelo presidente.
Lindrbergh Farias (PT/RJ), apresentou palavra de ordem no mesmo sentido de Glesi, também não acatado pela presidência da Casa. Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) e Fátima Bezerra (PT-RN) também tiveram pedidos de suspensão da sessão negados por Calheiros.
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