Solução definitiva só chega no fim do ano

A Prefeitura de Campo Grande lista pelos menos 500 nomes de servidores contratados pela Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária, que serão exonerados. Os trabalhadores serão demitidos, depois que irregularidades na contratação e execução de serviços prestados à prefeitura foram detectadas por uma comissão do Executivo.

Em agenda na tarde desta sexta-feira (29), o prefeito Alcides Bernal (PP) disse que, embora “providências estejam sendo tomadas”, o empasse Omep e Seleta, alvo de ação de investigação do MPE (Ministério Público Estadual), tem previsão para ser concluído apenas no fim deste ano.

“Existe uma comissão fazendo levantamentos de todos os casos que precisam ser resolvidos. Até o fim do ano a gente conclui os trabalhos. Agora, temos uma lista de pelo menos 500 pessoas que devem ser exoneradas”, disse.

Sobre o impacto financeiro com o pagamento das rescisões trabalhistas, o pepista lembra que o gasto com os terceirizados é de aproximadamente R$ 6 milhões. Pensando nos acertos, o valor seria multiplicado em pelo menos duas vezes. Dinheiro que, segundo o Chefe do Executivo, não está no alcance dos cofres municipais. “O impacto com rescisões é muito grande. Impacto que o município não tem condições de pagar”, relata.

Constatação que por hora alivia os problemas, de acordo com Bernal, é o fato de que muitos servidores não se enquadram em vínculos trabalhistas, já que, segundo o prefeito, tratam-se de pessoas que “apenas se aproveitavam do dinheiro público sem trabalhar”.

“Tem muitos casos que não cabem rescisão trabalhista porque eram pessoas que recebiam e não trabalhavam. Nesses casos vamos encaminhar para o MPE e solicitar o ressarcimento do dinheiro público”, completa.