Comunicações de liderança e pronunciamentos 

O Plenário registra mais de 300 discursos de deputados sobre o pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. São comunicações de liderança e pronunciamentos na fase de discussão da matéria pelos partidos e pelos deputados. A sessão já dura quase 38 horas — a mais longa da história da Câmara dos Deputados.

O deputado Rocha (PSDB-AC) defendeu o impeachment e, depois de protestos de parlamentares contrários à saída da presidente, disse que “os petistas não querem ouvir que são corruptos”. “É chegada a hora de dar uma nova chance ao Brasil, ao povo brasileiro, que cansou de ser roubado”, afirmou.

Já o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) fez menção a documento de juristas e de procuradores da República contrários ao impeachment. Ele acusou a tentativa de um “acordão” para salvar políticos envolvidos em escândalos de corrupção. “Não ao acordão! Não ao impeachment”, afirmou.

Na avaliação do deputado Herculano Passos (PSD-SP), o impeachment vai permitir uma expectativa de melhora nos índices econômicos. “É preciso haver um novo governo. Este aí já não tem condições de governar, não tem governabilidade, não tem entrosamento com o Congresso e com a sociedade. O País está à deriva”, criticou.

O deputado Missionário José Olimpio (DEM-SP) defendeu a saída da presidente Dilma Rousseff em função da crise política. Ele citou a alta da inflação, o aumento do desemprego e o fechamento de empresas como provas de que o governo perdeu a credibilidade e, portanto, já não pode mais governar.

Já o deputado Chico D’Angelo (PT-RS) afirmou ter segurança de que o pedido de abertura de impeachment não será aprovado amanhã. “A população está entendendo que esse conluio contra uma mulher honesta não tem lógica, fere a Constituição e todo o processo legal do País”, disse.