Para não depor, réu em ação contra Gilmar Olarte alega insanidade

Audiência ocorre nesta sexta-feira no TJ/MS

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Audiência ocorre nesta sexta-feira no TJ/MS

O militar reformado, Luiz Márcio dos Santos Feliciano, réu junto ao vice-prefeito de Campo Grande afastado, Gilmar Olarte (PP), em ação penal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pediu para ser dispensado de audiência marcada para esta sexta-feira (5) no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) alegando quadro regressivo de esquizofrenia.

De acordo com a defesa, outro processo tramita sobre a doença e, nele, há perícia feita para atestar que o réu não mantém lucidez constante, no entanto ainda não há respaldado da Justiça. Sendo assim, Feliciano, que frequentava a igreja ADNA (Assembleia de Deus Nova Aliança) da qual Olarte é fundador e pastor, pede que seja poupado de responder interrogatório amanhã, já que não está em condições para isso.

“Como é de conhecimento deste tribunal, o requerente é pessoa interditada, pois tem problemas mentais “Esquizofrenia”, portanto possui momentos de lucidez entre longos períodos de ausência. Em virtude dos acontecimentos dos últimos meses o requerente teve uma grave regressão de seu quadro, tendo passado inclusive por um quadro de depressão, o qual auxiliou para o estado de ausência em que se encontra” diz nos autos.

“Quero aqui salientar que na situação em que se encontra o requerente simples exposição do mesmo para ser interrogado será no mínimo vexatória, atinge diretamente sua integridade moral e familiar, pois devemos lembrar que o processo é publico, e mídia acompanha tudo passo a passo”, completa. Além disso, a defesa argumenta que sem a decisão acerca do laudo pericial tudo que ocorrer pode tornar-se nulo.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) era ele quem emprestava, ainda conforme a investigação, uma picape L200 ao vice-prefeito. A tutora e mulher dele, Ana Maria Ferreira Feliciano, tinha cargo em comissão na Prefeitura desde o início da atual gestão, em março de 2014, e ocupou o posto de assessor especial I DCA-4 na Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais – função com salário de R$ 1.984, mas que dá direito a gratificação de até 80%, o que elevaria os vencimentos a R$ 3,5 mil mensais.

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