STF negou ação do PCdoB para anular as regras

Após recuar e mudar as regras anunciadas na última quarta-feira (13) sobre a ordem de chamada de votação para o processo do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou “normal” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que negou, na noite dessa quinta-feira (14), ação do PCdoB para anular as regras definidas por ele.

“[Achei] a decisão normal, manteve a decisão que a Câmara proferiu e acho normal. A minha [segunda] decisão era correta. Mesmo ontem, quando havia dado a primeira decisão, quem leu a decisão, [viu que] dizia que o meu entendimento era a alternância na própria votação, [da Região] Norte para [a Região] Sul, com os seguintes precedentes”, argumentou o peemedebista.

Cunha avaliou “como menor” o debate feito pelos ministros da mais alta Corte do país em relação aos critérios geográficos para definição da ordem de chamada dos deputados para a votação do próximo domingo (17). “A discussão que teve lá é menor, que ficou se teve ou não teve latitude de ordem geográfica. Segui o que está no regimento, que é a ordem geográfica, que é a da posse, que é feita na ordem geográfica. Eu dei o roteiro da posse. Acho que há uma tentativa de judicialização generalizada, um jus sperniandi  de quem está, aparentemente, sem voto e tentando buscar, com isso, alterar, mudar o processo ou posterga-lo”.

Impeachment

Perguntado sobre a sensação de estar a menos de 12 horas do início da abertura dos debates acerca da admissibilidade do impeachment pela Câmara, Cunha disse não estar “nem feliz, nem triste”, mas cumprindo sua “obrigação”.

“Não estou nem feliz, nem triste. Estou para cumprir o meu papel. Estou até essa hora [da noite] trabalhando para tentar que os detalhes possam estar correndo bem no geral e amanhã estarei cedo aqui para cumprir minha obrigação. É o mesmo sentimento que tenho todos os dias para cumprir minha obrigação”.