Também é contra pagamento de salários diferentes a homens e mulheres

A ex-deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP) é a nova gestora da Secretaria de Políticas para Mulheres do governo interino de Michel Temer (PMDB). Ela é evangélica e contra a legalização do aborto inclusive em casos de estupro, permitido no Brasil desde 1984. Ela também é contra a proposta do deputado Chico Alencar (Psol-RJ) de proibir empresas de pagar salários diferentes a homens e mulheres.

De acordo com o jornal Estado de Minas, Pelaes afirma que “não levanta bandeiras contrárias a valores bíblicos”, como aborto e constituição livre de família. Ela assume o cargo após o anúncio de Michel Temer de que seu governo iniciaria um núcleo de proteção à mulher. O perfil da peemedebista, segundo o periódico mineiro, destoa de suas antecessoras, mais alinhadas ao movimento feminista.

Durante o governo de Dilma Rousseff (PT), a secretaria tinha status de Ministério. Agora, faz parte da pasta de Justiça e Cidadania. Pelaes é presidente do núcleo feminino do PMDB e foi diretora administrativa da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), sendo depois exonerada, quando houve o rompimento de seu partido com o governo do PT.

Escândalos

Fátima Pelaes também é suspeita de envolvimento em um escândalo de desvio de verba pública do Ministério do Turismo, em 2011. Segundo uma sócia da empresa fantasma Conectur, que funcionava em uma igreja evangélica, a deputada teria se beneficiado de um esquema que desviava recursos de emendas, para financiar sua campanha. De acordo com o Estado de Minas, Pelaes nega as acusações.