Shimabukuro também pegou aparelho de volta

Depois pedir devolução do aparelho celular apreendido pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) a defesa do empresário João Amorim, proprietário da Proteco Construções, retirou o telefone móvel da Justiça, assim como o vereador Edson Shimabukuro (PTB).

No entanto, no mesmo pedido, o empreiteiro solicitou que não seja necessário participar de oitiva com o MPE (Ministério Público Estadual). “Outrossim, em que pese o §3º do artigo 120 do Código de Processo Penal prever a oitiva do Ministério Público, com a devida vênia, requer seja dispensada tal oitiva vez que a medida de busca e apreensão fora requerida e o aparelho periciado pelo próprio parquet”.

Os telefones de vereadores, ex-vereador, vice-prefeito e empresários foram apreendidos no segundo semestre do ano passado e periciados em outubro. Conforme os autos do processo são 39.106 páginas de relatório “que contêm varias informações (registros de ligações, mensagens, listas de contatos, registros de bate papo, entre outros) as quais variam segundo a versão do (programa) firmware disponível no celular”.

Os dados foram enviados da perícia ao Gaeco impressos e também por meio de CDs, DVDs e pen-drive e assegurados por meio de planilha para que não haja alteração das informações oficiais. Ao todo foram encontrados 8.504 contatos, destes 697 estavam excluídos, mas foram recuperados pelos equipamentos forense.

Ligações foram 20.620, sendo 37 apagadas e resgatadas. Mais 15.554 mensagens de SMS com 1.096 excluídas. 1.406 mensagens via Whatsapp com 127 apagadas e 197 anotações, destas 67 removidas pelos donos dos aparelhos. O sistema pericial não especificou se houve formatação integral ou parcial dos telefones. Foram coletados 1.798 áudios, 43.761 imagens e 532 vídeos.