MPE pediu que retorno dele à Casa seja indeferido

O vereador Mario Cesar (PMDB) não acredita que o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) vá aceitar pedido do procurador-geral do MPE (Ministério Público Estadual) Humberto Brittes solicitando que seja indeferida decisão que retornou o peemedebista à Câmara Municipal depois de três meses de afastamento devido à Operação Coffee Break.

“Isso ocorreu porque o MPE tem que se manifestar dentro de 15 dias depois da decisão. Aquilo não é fato novo”, disse o legislador que foi afastado no dia 25 de agosto do ano passado, junto ao vice-prefeito de Gilmar Olarte (PP). À época ele era presidente da Casa de Leis, mas no dia em que conseguiu voltar ao parlamento, em 24 de novembro de 2015, renunciou à mesa diretora.

“É normal (o MPE) ir contra meu retorno porque o afastamento foi a pedido do próprio MPE, mas não acredito que a situação vá ser revertida hoje”, completou. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pediu afastamento por conta da Operação Coffee Break que apura possível compra de votos para cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) em março de 2014. No último dia 25 Humberto Brittes pediu que a liminar que possibilitou a volta de Mario seja indeferida.

“Ademais, acrescenta que o fundamento que embasou a decisão é confuso, vago e insuficiente para justificar a medida cautelar imposta. Argumenta, ainda, que o acórdão proferido pela Seção Criminal refere-se apenas ao afastamento do impetrante da Presidência da Câmara, não havendo impedimento para que retorne ao cargo de vereador, bem como assevera que o procedimento interno que analisa a conduta de Gilmar Olarte, o qual foi mencionado no acórdão, já foi arquivado pela Casa de Leis Municipal” diz os autos.