Protestos e delação agravaram a situação

Segundo a senadora Simone Tebet (PMDB) o clima no Congresso Nacional não ficou mais denso por conta da divulgação da delação premiada do companheiro de bancada sul-mato-grossense, , mas sim devido à pressão vindas das ruas no protesto do último domingo (14). Para ela, claro que a citação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, da atual chefe do Executivo Dilma Rousseff e do ministro da Educação Aloízio Mercadante, agravam ainda mais a situação.

“Mas a delação, por mais que seja em doses homeopáticas até agora, todos já sabiam. Senadores e deputados estão sentindo que precisam virar a página e votar o . As manifestações foram claras, não tem mais o que discutir, o Congresso foi colocado em xeque pela sociedade”, disse ao Jornal Midiamax.

A peemedebista pontua que a questão não é a crise econômica por si só. “Com a crise aliada às denúncias, não tem como governar. O país está sem credibilidade e não pode afundar”. A expectativa é alta quanto ao assunto porque nesta quarta-feira (16) o STF (Supremo Tribunal Federal) colocam em votação os embargos protocolados pela Casa questionando o rito do impeachment.

Se não houver mudanças drásticas, explica Simone, na quinta-feira a instauração da comissão sobre o impeachment pode ser colocada em votação na Câmara dos Deputados. Outro ponto bastante falado no Senado é a possibilidade de Lula se tornar ministro no governo de Dilma como estratégia de dá-lo foro privilegiado.

“Outra coisa fala aqui é a questão de Lula assumir ou não um ministério, porém por conta do Mercadante ficou conversa para amanhã”. A peemedebista se refere à delação de Delcídio na qual cita o titular do Ministério da Educação. O ex-petista diz que Marcadante tentou comprar seu silêncio para não prejudicar a presidente.