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Política

Ex-ministro se diz alvo de especulações e afirma que não se opôs à Lava Jato

Segundo ministro a pedir demissão
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Segundo ministro a pedir demissão

Após ligar para o presidente da República em exercício, Michel Temer, no início da noite de hoje (30) para oficializar a saída do Ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira divulgou uma carta em que reafirma não ter se oposto à Operação Lava Jato e diz que é alvo de “especulações insólitas”.

Fabiano é o segundo ministro do governo Temer a pedir demissão após a divulgação de conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em diálogo divulgado neste domingo (29) pelo programa Fantástico, da TV Globo, Silveira critica Operação Lava Jato e dá orientações para a defesa de investigados em esquema de desvios de recursos na Petrobras, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Na época, Silveira era membro do Conselho Nacional de Justiça.

“Não há em minhas palavras nenhuma oposição aos trabalhos do Ministério Público ou do Judiciário, instituições pelas quais tenho grande respeito. Foram comentários genéricos e simples opinião, decerto amplificados pelo clima de exasperação política que todos testemunhamos. Não sabia da presença de Sérgio Machado. Não fui chamado para uma reunião. O contexto era de informalidade, baseado nas declarações de quem se dizia a todo instante inocente”, diz Silveira na carta.

Fabiano Silveira ressalta que não ter intercedeu junto a órgãos públicos em favor de terceiros. “Observo ser um despropósito sugerir que o Ministério Público possa sofrer algum tipo de influência externa, tantas foram as demonstrações de independência no cumprimento de seus deveres ao longo de todos esses anos.”

Íntegra

A íntegra da carta é a seguinte;

“Recebi do presidente Michel Temer o honroso convite para chefiar o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.

Nesse período, estive imbuído dos melhores propósitos e motivado a realizar um bom trabalho à frente da pasta.

Pela minha trajetória de integridade no serviço público, não imaginava ser alvo de especulações tão insólitas.

Não há em minhas palavras nenhuma oposição aos trabalhos do Ministério Público ou do Judiciário, instituições pelas quais tenho grande respeito.

Foram comentários genéricos e simples opinião, decerto amplificados pelo clima de exasperação política que todos testemunhamos. Não sabia da presença de Sérgio Machado. Não fui chamado para uma reunião. O contexto era de informalidade baseado nas declarações de quem se dizia a todo instante inocente.

Reitero que jamais intercedi junto a órgãos públicos em favor de terceiros. Observo ser um despropósito sugerir que o Ministério Público possa sofrer algum tipo de influência externa, tantas foram as demonstrações de independência no cumprimento de seus deveres ao longo de todos esses anos.

A situação em que me vi involuntariamente envolvido – pois nada sei da vida de Sérgio Machado, nem com ele tenho ou tive qualquer relação – poderia trazer reflexos para o cargo que passei a exercer, de perfil notadamente técnico.

Não obstante o fato de que nada atinja a minha conduta, avalio que a melhor decisão é deixar o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle.

Externo ao Senhor Presidente da República o meu profundo agradecimento pela confiança reiterada.

 

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