Os discursos são interrompidos

Iniciada a discussão individual do parecer que pede abertura de processo de impeachmentcontra a presidente Dilma Rousseff, os ânimos do Plenário voltam a se exaltar e os discursos são interrompidos com palavras de ordem contra ou a favor da saída da presidente Dilma Rousseff.

O deputado Fábio Sousa (PSDB-GO) acusou o governo de ser corrupto e incompetente. “A incompetência hoje está alojada no Palácio do Planalto e é contra isso que estamos nos posicionando”, afirmou.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) argumentou que o impeachment é um golpe contra a democracia. “Não há comprovação de crime de responsabilidade”, disse. Ela afirmou ainda que os favoráveis ao impedimento de Dilma confundem as razões para tentar derrubar a presidente. “Fala-se de impeachment porque o meu estado está abandonado, de avaliação do governo, esquecendo-se que estamos em um presidencialismo”, afirmou.

Para do deputado Claudio Cajado (DEM-BA), o processo de impeachment é legítimo. “A Constituição deixou claro que o viés é político e não só jurídico, porque se assim fosse caberia apenas ao Supremo Tribunal Federal o julgamento da presidente”, afirmou. Ele acrescentou que a pedalada fiscal e a maquiagem das contas públicas são crimes.

Por outro lado, o deputado Bohn Gass (PT-RS) ressaltou que o parecer em discussão só trata de decretos e pagamento de benefícios do Plano Safra. “Não há crime de responsabilidade”, disse. Ele afirmou que outros presidentes também recorreram às pedaladas fiscais. “Fernando Henrique Cardoso pedalava”, acusou.

A discussão do impeachment em Plenário já dura 36 horas seguidas.