Detidos da Lama Asfáltica deixam presídio após a meia-noite

Decisão do ministro do STF

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Decisão do ministro do STF

Por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) foram soltos no início da madrugada desta quarta-feira (22) o ex-deputado federal e ex-secretário estadual de Obras Edson Giroto, o empresário João Amorim, o assessor da Agesul (Agencia Estadual de Gestão de Empreendimentos) Wilson Roberto Mariano e o empresário Flávio Henrique Garcia Scrocchio. Eles estavam presos desde o dia de 10 maio devido a Operação Lama Asfáltica.

Uma oficial da Justiça Federal chegou no final da noite desta terça-feira (21) com o alvará de soltura dos quatro. Todos saíram após a meia-noite, sem falar com a imprensa.

A oficial de Justiça também informou que irá passar nas casas de Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto (esposa de Giroto), Ana Paula Amorim Dolzan (filha de João Amorin), Elza Cristina Araújo dos Santos e Mariane Mariano de Oliveira. Todas foram liberadas de suas respectivas prisões domiciliares.

Eles entraram separadamente com pedido de habeas corpus no STF na semana passada, todos ficaram nas mãos do ministro Marco Aurélio Mello. O pedido de Giroto inclui sua esposa, Raquel, e o do empresário Flávio Henrique Garcia.

Conforme a investigação o ex-secretário teria sido um dos mandantes, junto ao ex-governador André Puccinelli (PMDB), de obras irregulares dentro da Secretaria de Obras do Governo, incluindo cláusulas injustificáveis nos contratos para que outras empresas que não fossem do grupo não ganhassem as licitações.

Tanto ele quanto Amorim e Beto Mariano foram presos em outubro do ano passado também por conta da investigação. No entanto, ficaram poucos dias em cárcere, quando a prisão seria prorrogada eles conseguiram habeas corpus. Agora, nesta segunda fase da Operação, houve bloqueio de R$ 43 milhões em bens de 24 pessoas, e apreensão de dois aviões, um de Amorim e outro do empresário João Baird, e encontrou na casa dos acusados US$ 10 mil em espécie e um montante em real que ainda está sendo contabilizado pelos agentes da Polícia Federal.

A ação, que envolveu 201 policiais federais, 28 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal cumpriu 28 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária, bem como 24 mandados de sequestro de bens dos investigados, dentre eles imóveis rurais e urbanos e contas bancárias.

Segundo o superintende da PF, Ricardo Cubas, do montante de R$ 195 milhões em obras da gestão Puccinelli, na 1ª fase da operação foram identificados desvios de R$ 11 milhões e nesta 2ª fase, mais R$ 33 milhões que teria sido desviados, um total de R$ 44 milhões. Segundo a Polícia, pelo menos 23% de cada empreendimento era desviado pelo grupo, classificado de organização criminosa pela Polícia.

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