Deputado diz que cassações de prefeitos em MS tiveram ‘motivos ínfimos’
A maioria foi por compra de votos
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A maioria foi por compra de votos
A situação política do Brasil virou pauta durante sessão da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (16). Oposição e base aliada ao governo Federal fizeram ponderações na tribuna, mas a que mais chamou atenção foi a do deputado estadual Beto Pereira (PSDB). Para ele todas as cassações que ocorreram em Mato Grosso do Sul foram por motivos insignificantes diante da Operação Lava Jato. No entanto, grande parte dos mandatos cassados foram por irregularidades como compra de votos, por exemplo.
As falas foram feitas pelos parlamentares em relação ao processo de delação premiada, elogiado por uns, crucificado por outros. Foi então que o tucano faz tal avaliação sobre as punições eleitorais ocorridas neste mandato no Estado. “Esse sistema está sendo operacionalizado pela primeira vez. É um grande avanço, já que a partir do que é apontado nas denúncias, fatos relevantes estão sendo investigados”, disse.
“Em Mato Grosso do Sul, dos 79 prefeitos eleitos para os municípios, 13 foram cassados pelo TRE e tivemos seis eleições suplementares. O motivo que levou a cassação de cada um é ínfimo, na minha visão, diante do que está sendo apresentado agora na política nacional”, completou.
Em 2013 as cidades de Jardim, Bela Vista, Bonito, Figueirão, Sidrolândia e Caracol tiveram eleições suplementares para escolha de novo prefeito. Em 2014 Douradina engrossaria a lista, no entanto decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) suspendeu o pleito novo.
Em Bela Vista, Abraão Armoa Zacarias (PMDB) e Luis Alexandre Loureiro (DEM), respectivamente prefeito e vice, tiveram os mandatos cassados por configuração do abuso de poder, em razão do uso indevido e reiterado de um jornal eletrônico, para promoção pessoal dos candidatos, o qual veiculava matérias idênticas da página oficial de suas campanhas, fato que teria comprometido a legitimidade do pleito.
Já em Caracol, Manoel Viais (PT) e Horácio Junior (PSDB) foram cassados por compra de votos. Eles distribuíram indiscriminadamente camisetas durante uma carreata realizada na cidade. Em Jardim, Marcelo Henrique de Mello (PDT) e seu vice, Erney Cunha Bazzano Barbosa (PT), também por captação ilícita de votos, caracterizada pelo fornecimento de produtos alimentícios com o intuito de obter preferência do eleitor.
Em Bonito Geraldo Marques (PDT) teve sua candidatura cassada TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) porque houve problema na análise das contas quando ele havia sido chefe do Executivo da cidade entre 2001 e 2002, assim foi classificado como ficha suja mesmo depois de ser eleito.
O mesmo ocorreu em Sidrolândia com Enelvo Felini (PSDB). Suas contas foram rejeitadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) entre 2004 e 2012 e, portanto, entrou na lista dos prefeitos eleitos com a ficha-suja.
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