Dagoberto usa Temer como argumento e segue contra impeachment

Carlos Marun, Teresa Cristina e Geraldo Resende estão confiantes pela saída de Dilma

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Carlos Marun, Teresa Cristina e Geraldo Resende estão confiantes pela saída de Dilma

Na noite dessa segunda-feira (11), a Comissão Especial do Impeachment aprovou por 38 votos a favor e 27 contra, o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que pede o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT). Para três dos oito deputados sul-mato-grossense, que já afirmaram serem favoráveis ao impeachment, estão confiantes quanto a aprovação do impeachment.

“Estou muito contente com o resultado dessa segunda-feira. Sempre me posicionei a favor e continuo. A situação do nosso país está muito difícil e temos que fazer algo. Essa aprovação do dia de ontem, nos da a certeza de que a ‘operação tulipão’ de Lula não está surtindo muito efeito. Este nome é referente ao Hotel Royal Tulip, onde o ex-presidente se hospeda em Brasília e recebe diversos deputados para conversar e negociar”, disse o parlamentar Carlos Marun (PMDB-MS).

Para a deputada federal Teresa Cristina (PSB-MS), é muito difícil não ser aprovado o impeachment após esta decisão de ontem. “Foi obtido muito mais votos do que se esperava na aprovação do relatório e com isso se percebe que será muito difícil não aprovar a saída da presidente a partir da próxima sexta-feira. Meu voto continua o mesmo, sou a favor do impeachment. O problema não é o relatório, mas o conjunto da obra, que é a situação do nosso país, principalmente econômica e falta de credibilidade”, destacou Teresa.

O Deputado Geraldo Resende (PSDB-MS), diz que com a aprovação do relatório irá fazer com que os indecisos e até contrários repensem no voto. “Esta aprovação do relatório foi fundamental para de fato aprovarmos o impeachment da presidente Dilma. Acredito que agora, tanto os indecisos quanto os contrários a saída de Dilma irão repensar no voto. Foi uma vitória, apesar de uma sessão tensa. Só assim iremos recuperar a politica do nosso país, assim como a economia, a moral e ética do Brasil”.

Já o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS), único, entre os oito parlamentares do estado que se posicionou indeciso, disse que seu voto favorável está condicionado ao também impeachment de Michel Temer, o vice-presidente.

“Não é uma decisão única minha e sim do meu partido, como os demais de esquerda. Queremos que seja aprovado também o pedido de impeachment de Temer. Da mesma forma que Dilma cometeu crime com as pedaladas fiscais, ele também cometeu. Queremos novas eleições e se somente ela sair não resolve, pois ele assume e não queremos isso”, disse Nogueira.

Ainda segundo Dagoberto, o voto de seu partido está condicionado a esta questão. “O Eduardo cunha aceitou o pedido de impeachment da presidente e arquivou o de Temer. Não é certo e estamos brigando para que ele saia junto com ela e tenhamos eleições ainda este ano, juntamente com as municipais. Se isso não ocorrer, estamos pensando como vamos nos posicionar na votação desta semana. Ainda não está definido”, explicou.

O relatório aprovado ontem, agora segue para análise no Plenário da Câmara dos Deputados, é publicado no Diário Oficial da casa de leis e tem 48 horas para início da votação, prevista para iniciar na sexta-feira (15). São necessários 342 votos favoráveis para seguir para análise do Senado. Ao todo, a Câmara tem 513 deputados federais.

A expectativa é de que a votação no plenário da Câmara inicie na sexta e só termine no domingo (17), com a decisão de saída de Dilma ou não. A reportagem do Jornal Midiamax tentou falar com demais deputados federais do Estado, mas as ligações não foram atendidas.

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