Deputado afirma que não detém patrimônio na Suíça

O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está apresentando sua defesa no Conselho de Ética da Casa. Ele está sendo investigado por quebra de decoro parlamentar, por ter supostamente mentido à CPI da Petrobras, dizendo que não havia contas bancárias em seu nome, no exterior.

Cunha afirma, ao Conselho, que nunca teve intenção de esconder algum tipo de patrimônio no exterior. “A verdade é que nao há tratamento de trust na legislação brasileira”, declarou o deputado, dizendo que nunca escondeu que faria parte de um trust junto a outras pessoas. O trust é um tipo de negócio no qual outras pessoas administram os bens do contratante.

A defesa de Cunha abre o prazo para apresentação do parecer pelo deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo, que deve ser feita em dez dias. O parecer será lido e votado no Conselho de Ética. Os advogados e aliados do parlamentar esperam que Marcos Rogério entregue o relatório antes do prazo, que está previsto para o dia 30 deste mês.

De acordo com o periódico fluminense Jornal do Brasil, o advogado Marcelo Nobre, que trabalha na defesa de Eduardo Cunha, teria afirmado que e, caso do relator incluir no texto a acusação de vantagens indevidas por parte do parlamentar afastado, deve recorrer à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, presidida por Osmar Serraglio (PMDB-PR).

(Sob supervisão de Daiane Libero)