Corte de comissionados e secretariado são anunciados em Dourados

Prefeita de Dourados mostra preocupação com as finanças públicas

A prefeita eleita de Dourados, Délia Razuk (PR), anunciou na tarde desta sexta-feira (30) os nomes que vão compor seu secretariado a partir de 1º de janeiro de 2017. Ela adiantou que encaminhará à Câmara de Vereadores projeto de lei para promover uma reforma administrativa, mas ainda não definiu quais secretarias serão criadas ou desmembradas. Preocupada com as finanças públicas, defendeu a redução do número de servidores comissionados no município, distante 228 quilômetros de Campo Grande.

Para o primeiro escalão do governo, foram confirmados nomes que o Jornal Midiamax já havia revelado na quinta-feira (29). Esses secretários deverão reunir-se periodicamente, no mínimo uma vez por mês. Conforme a futura gestora, sua administração será marcada por serenidade, tranquilidade e transparência.

“Periodicamente faremos reuniões para troca de informações e ajuda mútua. Não consigo trabalhar com secretarias independentes. Todas as secretarias devem trabalhar em conjunto. Vamos fazer reuniões periódicas com secretarias afins”, revelou, indicando a necessidade do diálogo constante entre as secretarias de Educação com Saúde e Assistência Social, além da Obras e de Planejamento com Serviços Urbanos.

Os serviços prestados por cada pasta passarão por avaliação uma vez por mês, declarou a prefeita, indicando que essas reuniões serão abertas à imprensa, como ocorreu em sua gestão interina, de novembro de 2010 a fevereiro de 2011. “Todas as ações devem ser às claras, e principalmente discutidas porque todos os secretários têm suas experiências e essas experiências estarão a serviço da sociedade”.

Inteirada dos desafios que enfrentará ao assumir a chefia do Executivo durante o período de transição com o atual mandatário, Murilo Zauith (PSB), a prefeita eleita descartou a necessidade de um choque de gestão. “Eu nunca gosto muito de choque de gestão, eu gosto de fazer as coisas gradativamente. Nós vamos entrar, nossa equipe de trabalho e nós vamos desenvolver com muita tranquilidade todos os serviços necessários para que nossa cidade tenha os serviços públicos de qualidade, mas dentro da normalidade. Passei pela Prefeitura de Dourados por quatro meses e entrei não com choque de gestão, mas trabalhando todos os dias com uma ação diferenciada, e assim nós vamos conseguir colocar a nossa cara na administração. Cada gestor tem a sua forma de administrar e conduzir os seus trabalhos, a minha é com serenidade, com tranquilidade e com transparência”, ponderou.

No entanto, o PCCR (Plano de Cargos Carreiras e Remunerações) do funcionalismo público, aprovado este ano pelo Legislativo, preocupa a futura gestora. Nesse caso, será necessária uma ação drástica, segundo ela.

“Temos que nos preocupar com a redução de cargos comissionados porque temos que fazer uma gestão muito responsável diminuindo custo porque a situação financeira do nosso município não é das melhores. Apesar de dizerem que nós estamos atravessando uma fase boa, mas o nosso PCCR vai ter um impacto muito grande na nossa folha de pagamento e nós temos que ter a responsabilidade de cumprir todos os nossos compromissos. Então nós vamos ter sim algumas questões que nós vamos resolver em relação aos funcionários comissionados”, ressaltou.

Sobre a possibilidade de não ter seu aliado Braz Melo (PSC) eleito presidente da Câmara Municipal, Délia Razuk minimiza. “Respeito a formação do Legislativo. Somos poderes independentes, mas com o mesmo objetivo”, resumiu, pontuando ter “carinho e confiança por todos” os vereadores, dos quais espera “respeito e responsabilidade”. O líder do governo na Casa de Leis só será definido na segunda-feira (1), após a eleição da Mesa Diretora.