Com pedido de ‘cervejada’, PMDB do MS projeta Temer no lugar de Dilma

‘PT está dando abraço de afogado no PMDB’, diz parlamentar

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‘PT está dando abraço de afogado no PMDB’, diz parlamentar

A rápida e conturbada passagem do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), em Campo Grande terminou com declarações de apoio à sua possível candidatura em 2018 ao cargo hoje ocupado por Dilma Rousseff (PT), e pedidos de rompimento com o governo petista.

Temer ficou por alguns minutos no Diretório Regional do PMDB, não atendeu a imprensa e ouviu rápidos discursos de lideranças do partido. Um pedido em especial chamou atenção durante o evento.

“Tudo vai melhorar quando você pagar cervejada na presidência da República”, brincou o ex-governador André Puccinelli, que volto a defender que o partido tenha candidatura a prefeito, já em outubro deste ano, e à Presidência da República e ao governo estadual em 2018. André afirmou ainda que as administrações peemedebistas são um ‘orgulho’ para a sigla.

O vice-presidente não comentou sobre os pedidos de rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), tampouco sobre a suposta delação do senador Delcídio do Amaral (PT) e a ação da Polícia Federal na 24ª da Lava Jato que tem como alvo o ex-presidente Lula.

 “Criamos um documento ‘Partindo para o Futuro’, onde o PMDB sugere soluções para que crise que o país atravessa”, afirmou Temer. Segundo ele, seu partido sempre teve um papel relevante no Governo Federal, e citou a criação do plano Real e políticas de ações sociais em execução no Brasil.

“O PMDB é o maior partido do Brasil, em qualidade e quantidade”, discursou.  Temer ainda convidou os peemedebistas de Mato Grosso do Sul para convenção nacional do partido, no próximo dia 12 de março, em Brasília.

O deputado federal Carlos Marun, um dos mais ferrenhos defensores do rompimento com o governo Dilma, chegou a pedir a Temer que o partido entregue todos os cargos ocupados na União.

“O PT está dando um abraço de afogado no PMDB. Tem que romper (com o PT) e o Temer tem que estar preparado para eventualidades”, disse Marun, afirmando ainda que o vice-presidente ainda não foi citado nas delações da Operação Lava Jato.

Os dois senadores sul-mato-grossenses da legenda, Simone Tebet e Waldemir Moka, disseram que têm votado ‘a favor do Brasil’, com independência, e não necessariamente com ou pelo o governo federal. 

“Definitivamente esse governo não nos representa”, frisou Simone. Já o Moka afirmou que o partido ‘sofre’ com a aliança com o PT. “Agora é a vez e a hora do PMDB”, destacou o senador.

Tumulto

Um forte esquema de segurança acompanha o vice-presidente da República. No hotel onde ele passou a noite e participou de um encontro de desembargadores e no diretório regional do PMDB, uma barreira foi feita para evitar que a imprensa fizesse perguntas a Michel Temer. 

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