Mandato ‘tampão’ vai até fevereiro de 2017

A eleição do deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados até fevereiro de 2017 contou com apoio de parte da bancada sul-mato-grossense no Congresso Nacional.

Maia apareceu em mensagens de celular obtidas pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava Jato, trocados com o empresário Léo Pinheiro, um dos sócios da construtora OAS. A suspeita é que a empreiteira tenha abastecido um suposto caixa 2 da campanha do democrata de 2014.Citado na Lava Jato, novo presidente da Câmara teve apoio de deputados de MS

O deputado Dagoberto Nogueira (PDT), que votou em Maia no 2º turno da eleição, revelou que o presidente eleito da Câmara justificou o caso revelando que o dinheiro recebido da OAS foi como doação ao partido, e repassado a ele pela executiva nacional do DEM.

“Ninguém quer um presidente envolvido em corrupção. Ele é um cara sério e tenho expectativa de que será bem melhor que Eduardo Cunha (PMDB-RJ)”, disse o pedetista, que no 1º turno da eleição apoio o peemedebista Marcelo Castro.

Eleitora de Maia desde o começo da votação, a deputada Tereza Cristina (PSB) comemorou a eleição do aliado. Segundo ela, o resultado foi melhor do que o esperado.

“Espero que agora melhore as discussões dentro da casa, sem agressões especialmente. Que tenhamos debates pacíficos, pois a discussão é necessária e as contradições também, mas que seja de forma respeitosa, que então estava ocorrendo”, declarou a pessebista.

Segundo deputado Geraldo Resende (PSDB), os tucanos fecharam questão no apoio democrata, e agora esperam que o presidente eleito melhore a imagem da Casa junto ao eleitorado.

“Esperamos que ele trabalhe para resgatar a arranhada credibilidade que a Câmara dos Deputados tem junto à população, normalize o funcionamento da Casa e coloque em votação projetos importantes para que de fato possamos superar a grave crise econômica do país”, disse Geraldo.

O peemedebista Carlos Marun, que foi preterido pelo partido na disputa da presidência, voltou a criticar a escolha do nome do PMDB para o pleito, Marcelo Castro (PMDB-PI), que recebeu apoio da bancada petista, o que para o deputado sul-mato-grossense, prejudicou a sigla.

“Não tenho muito contato com o Rodrigo Maia, mas pelas informações que tenho dele é uma boa pessoa e de seriedade”, finalizou Marun.