Cerveró diz que sua nomeação na Petrobrás foi indicação de Zeca e Delcídio

Cerveró assumiu em janeiro de 2003

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Cerveró assumiu em janeiro de 2003

O ex-diretor da área Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, disse em depoimento de delação premiada que sua indicação ao cargo foi fruto de “atuação direta de Delcídio do Amaral e Zeca do PT”. Zeca foi quem teria feito a indicação junto ao então ministro da Casa Civil José Dirceu. Posteriormente, Cerveró assumiu o comando da estatal em janeiro de 2003.

Os argumentos de Zeca do PT seriam em relação à importância da diretoria internacional para Mato Grosso do Sul principalmente por causa do gasoduto Brasil-Bolívia. Na delação, também consta que a nomeação teve o respaldo da então ministra de Minas é Energia e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, Dilma Roussef.

Cerveró também contou que Delcídio passou a pressioná-lo pelo fato da diretoria não ter feito nenhum investimento propriamente dito. E, por “vislumbrar” as eleições para o Governo do Estado de MS em 2006, pressionava por investimentos que pudesse resultar no pagamento de propina para financiar sua campanha.

Cerveró relatou também que o senador cassado Delcídio do Amaral recebeu propina de R$ 10 milhões em um contrato no ano de 2000, durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso.

Em sua delação que teve o sigilo retirado nesta quinta-feira (2) pelo ministro Teori Zavascki do STF (Supremo Tribunal Federal) ele também cita a presidente afastada Dilma Rousseff e Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

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