Bomba: ministro tentou comprar silêncio de Delcídio para preservar Dilma
Acordo envolveria devolução de R$ 1,5 milhão aos cofres da Petrobras
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Acordo envolveria devolução de R$ 1,5 milhão aos cofres da Petrobras
O acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT), homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) revela mais do que envolvimento da cúpula petista nos desvios da Petrobras, agora, nova denúncia aponta que o ministro da educação, Aloizio Mercadante (PT), tentou comprar o silêncio do sul-mato-grossense para preservar a presidente Dilma Rousseff.
De acordo com informações divulgadas no final da manhã desta terça-feira pela revista Veja e pelo Jornal Folha de São Paulo, Mercadante se reuniu com o assessor de imprensa de Delcídio, José Eduardo Marzagão, por duas vezes, diz a Veja, e três vez, dia a Folha, em dezembro de 2015, oferecendo ajuda ao senador que estava preso, numa tentativa de impedir a delação do petista.
O encontro, pontuam os periódicos, teriam sido gravados pelo assessor e seu conteúdo foi entregue ao Supremo, uma vez que alem de oferecer ajuda financeira ao senador, o ministro ainda prometeu lobby junto ao próprio STF e ao Senado Federal para agilizar a soltura do petista.
A conversa, entregue pelo próprio senador ao ministro Teori Zavascki, relata uma confissão do assessor ao ministro, de que a família de Delcídio estaria colocando à venda imóveis para pagar gastos com a defesa do parlamentar.
Mercadante teria se oferecido a vir a Mato Grosso do Sul para um encontro com a esposa do senador, Maika do Amaral. Ele usaria como desculpa a visita a uma universidade do Estado para o encontro.
De acordo com a nova denúncia, Maika teria se recusado a encontrar-se com o ministro, já que o PT teria virado as costas a seu marido. Apenas os peemedebistas Renan Calheiros e Jose Sarney entraram em contato com ela, revela a Veja, solidarizando com a prisão de Delcídio e tecendo duras críticas à presidente Dilma.
O ministro temia que as revelações de Delcídio pudessem comprometer todo o Governo Federal, e chega a ameaçar o colega, afirmando que a delação também comprometeria o sul-mato-grossense.
Devolução
Além de ‘entregar’ os esquemas e pessoas envolvidas nos desvios da Petrobras, investigados no âmbito da Operação Lava Jato, a delação de Delcídio também implicaria na devolução, por sua parte, de R$ 1,5 milhão aos cofres públicos por sua participação no esquema de corrupção.
Desde o começo da manhã desta terça-feira, a reportagem do Jornal Midiamax tenta contato com a assessoria de Delcídio, o próprio Marzagão, envolvido na denúncia. Até o fechamento da matéria ele não retornou os contatos.
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