Prefeito também criticou deputado tucano

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) trouxe à tona a velha rivalidade com o ex-governador André Puccinelli (PMDB), que chamou a atenção do Estado ao aparecer no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, durante a votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

“O André Puccinelli comandou a bancada federal, tanto os deputados quanto os senadores, tem grande influencia. Ele fez questão de se mostrar, ao se postar atrás de um deputado do PSDB, com isso ele mandou recado, quem manda e quem influencia é ele. Vejo com grande preocupação”, disparou Bernal, durante coletiva na manhã desta segunda-feira (18).Bernal diz que Puccinelli apareceu de propósito para mostrar ‘influência’

Desde as eleições de 2012, a relação de Bernal e Puccinelli se tornou conflituosa, inclusive com processos judiciais entre eles. O peemedebista disse que foi à Brasília a convite do próprio vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP).

Bernal não quis comentar sobre a admissibilidade do processo de impeachment, e pontuou que o melhor caminho para o país seria a convocação de novas eleições para presidente e vice, deputados federais e senadores.

“Seria de bom alvitre novas eleições. O que eu vi ontem, deputados federais com satisfação a crianças, titios, titias, vovôs e vovós, me fez lembrar até o Maguila agradecendo depois da luta. O que eu vi foi deprimente”, declarou.

O progressista também criticou, sem citar nomes, o deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB), que em 2014, quando vereador, votou pela cassação de Bernal.

“Só queria que ele lembrasse que Polícia Federal e o Gaeco interceptaram conversas telefônicas onde eles (vereadores) aceitavam dinheiro em troca do voto para afastar um prefeito eleito pelo povo, e eles assim, assaltarem e usurparem a prefeitura de Campo Grande. Fiquei extremamente angustiado pelo Brasil”, finalizou o prefeito.