Ação do Gaeco na Câmara terminou com servidor detido após buscas em casa

Munições na casa de ex-secretário motivaram detenção

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Munições na casa de ex-secretário motivaram detenção

O MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ainda não se pronunciou sobre a ação do Gaeco na manhã desta quinta-feira (19), que culminou com a prisão, por porte ilegal de armas, do Procurador Geral da Câmara Municipal, André Scaff.

Durante a reunião do Colégio de Procuradores, o Procurador-Geral de Justiça, Paulo Cezar Passos, revelou que o Gaeco cumpria mandados de busca e apreensão ‘em toda a cidade, inclusive na Câmara’, onde tinham um alvo específico, o gabinete de Scaff.

Passos revelou que a ação do Grupo aconteceu depois de um encontro dele com o Gaeco e a Força Tarefa da Lama Asfáltica, porém não deixou claro se a operação de hoje é fruto deste encontro, no qual discutiram também a Operação Fazendas de Lama.

A Câmara da Capital confirmou que apenas a sala de André Scaff, ex-titular da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle) da gestão Gilmar Olarte foi alvo da busca e apreensão.

O delegado da Depac(Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, Enilton Zalla, para onde Scaff foi levado, revelou que munições foram encontradas em um dos endereços apontados como sendo de propriedade do ex-secretário.

“A prisão ocorreu por acaso durante um cumprimento de busca e apreensão de documentos e objetos. Se for o caso arbitraremos a fiança”, revelou Zalla. Segundo ele, 15 munições de calibre 38 foram encontradas na casa de André, localizada no Jardim Bela Vista.

Segundo os agentes que cumpriam o mandado, a esposa de Scaff os acompanhou para abrir a residência, e no local “foram arrecadados diversos documentos os quais foram encaminhados à procedimento próprio de interesse do Gaeco”, conforme palavra dos policiais. Além disso, munições também foram encontradas na residência.

A princípio, o delegado Enilton Zalla que atendeu ao caso disse que Scaff confirmou a posse das munições. No entanto, no boletim de ocorrência consta informação que ele nega que as munições seriam dele e ainda não sabe explicar a origem. Ele também afirma não ter arma de fogo. Advogados e representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) acompanharam o procurador.

Em dado momento, foi questionado se as munições poderiam estar na casa por conta de motivações políticas e se, por suposição, alguém teria colocado os projéteis no local, momento em que um dos advogados teria respondido “É brincadeira”.

Scaff deverá ser ouvido pelo delegado no começo da tarde, e com a fiança arbitrada poderá responder o processo de porte de arma em liberdade. 

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