‘A vida continua na Câmara’, diz Vander sobre novo presidente

Para ele Maia é menos pior que Cunha

Mesmo com outro partido de ideologias diferentes do PT no comando da Câmara Federal, o deputado Vander Loubet (PT) alega que é preciso ‘tocar a vida’ na Casa de Leis e considera que Rodrigo Maia (DEM), eleito presidente na madrugada desta quinta-feira (14), é menos pior que Eduardo Cunha (PMDB).

Ele explicou que foi bastante difícil para a bancada do PT, porém seria ruim se omitir no processo. “Fechamos consenso de apoiar o Marcelo Castro no 1º turno e a bancada liberou o voto no 2º turno. Alguns dos nossos deputados se retiraram do Plenário mas a maioria permaneceu e votou. O fato é que ‘a vida continua’ dentro da Câmara”.

Contudo, para ele, o atual presidente não é tão ruim quanto o anterior. “Mesmo o Maia sendo do DEM e tendo enormes diferenças ideológicas em relação a nós do PT, acredito que temos a chance de retomar a agenda legislativa de uma forma melhor do que estava com o Eduardo Cunha – que era muito agressivo na definição dos rumos da Câmara – ou do que estaria com um aliado direto dele”.

Cunha, que está afastado do cargo de deputado federal, renunciou à presidência da Câmara na semana passada. Nessa quarta-feira (13) os parlamentares realizaram votação para escolha do substituto. Maia venceu por 285 votos a 170, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF).

Eleições 2016 – O petista, que representou a sigla na disputa pela Prefeitura de Campo Grande em 2012, está articulado com o companheiro de bancada sul-mato-grossense, Zeca do PT, na busca pela construção de um bloco da esquerda neste pleito.

O foco é unir PT, PDT, PCdoB “e quem mais quiser aglutinar”. O PT chegou a lançar pré-candidatura do vereador Marcos Alex para prefeito da Capital e o deputado acredita que até as convenções haverá consenso com outras legendas, mesmo que não seja nome da própria sigla.

“O Dagoberto (Nogueira) já disse que topa apoiar quem estiver melhor nas pesquisas até as convenções. Então acho que seria um equívoco perdermos a oportunidade de consolidar esse bloco, que não só seria político como também programático”.