Postura desanima população em sessão comunitária

A sessão comunitária da Câmara no Bairro Caiobá desagradou boa parte da população, que foi ao local para fazer diversas reclamações sobre falta de estrutura. Muitos ficaram do começo ao fim e criaram expectativa, mas teve quem sair antes do fim, desanimado com a postura dos vereadores.

“É muita baboseira. Está todo mundo no WhatsApp escutando o quê? Mas vamos esperar. O brasileiro é persistente né?”, reclamou a moradora da Vila Fernanda, Joice Peres.

Durante a sessão os vereadores tentaram justificar por não ter a caneta na mão e que só podem fazer indicações para os prefeitos. Mas, a justificativa não convenceu Joice. “Como não pode fazer nada? A obrigação deles é cobrar. Estão ocupando espaço lá pra que então?”, questionou.

O descontentamento da população foi demonstrado em diversos discursos com pedidos para que não retornem apenas para pedir votos. Um dos moradores chegou a alertar para que os colegas de bairro não se esqueçam de quem votou.

A presidente do Caiobá II, Iracilda de Fátima, saiu um pouco mais esperançosa. Ela disse acreditar que o fato de vários vereadores ouvirem as reivindicações pode fazer com que elas sejam atendidas. “Eles têm mais força e podem fazer muito mais. Têm cacife pra isso. Nós não temos”, avaliou.

Defesa

Moradores se irritaram por diversas vezes com os discursos dos vereadores, que tentaram justificar as críticas. Gritos como: “vem pro bairro sujar o sapatinho” foram ouvidos por diversas vezes durante a sessão.

A vereadora Magali Picarelli (PMDB), por exemplo, disse que é melhor pingar do que faltar e chegou a dizer que se a população tratasse os vereadores mal eles poderiam não voltar mais. O discurso foi rebatido por moradores, que da plateia rebatiam cada frase de defesa.

O vereador Airton Saraiva (DEM) também defendeu a Câmara. Ele  disse que recebeu apenas de 20 votos da região, mas que isso não o impedia de trabalhar pela população. Porém, alegou , nunca ter sido procurado por nenhuma liderança.  A declaração do vereador não agradou os moradores, que perguntaram se ele não tinha assessoria para ir aos bairros ouvir reivindicações.

O vereador Herculano Borges (SD) também tentou amenizar as diversas críticas feitas por moradores da Região do Lagoa. Ele disse que os vereadores presentes não poderiam ser hostilizados, porque se estavam ali era porque se importavam com os moradores da região.