Vereadores abriram mão da palavra livre

Operação da Polícia Federal, nomeada Lama Asfáltica, passou em branco na sessão da Câmara nesta terça-feira (14). Nenhum vereador comentou a operação, que envolve o empresário João Amorim, dono da empresa que tem diversos contratos com a Prefeitura de , para serviço de tapa-buraco e manutenção de vias não pavimentadas.

Antes da sessão, em entrevista ao Midiamax, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) falou da expectativa para este debate, alertando para possibilidade de resgate até da CPI dos Buracos, que não emplacou na Casa. Porém, durante a sessão, o silêncio imperou.

Quem estava inscrito na palavra livre acabou declinando. Edil Albuquerque (PMDB), Loester Nunes (PMDB), Coringa (PSD) Chiquinho Telles (PSD) e Carlão (PSB) preferiram não falar e pouco tempo depois a sessão acabou, por falta de quorum.

O mais estranho é que nem a oposição se pronunciou sobre o caso, que envolve o empresário e até o ex-deputado federal Edson Giroto (PR), ex-candidato a prefeito pelo PMDB e apoiado por 21 dos 29 vereadores eleitos.

O vice-presidente da Câmara, Flávio César (PTdoB), negou “acórdão” para abafar o assunto. “É uma coisa muito séria e não podemos brincar ou falar algo sem ter conhecimento. Temos que aguardar o desenvolvimento desta investigação”, justificou.

Já o vereador Alex do PT, um dos opositores a Gilmar Olarte (PP) e ao PMDB, de Nelsinho Trad e André Puccinelli, foi questionado sobre a possibilidade de retorno das investigações sobre tapa-buraco, mas disse apenas que não é o momento. Mais tarde, em contato com a redação, explicou que a proximidade com o recesso parlamentar inviabiliza, por exemplo, encaminhar politicamente a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).

O petista comenta que pediu, publicamente, a suspensão de contratos entre empresas suspeitas e a Prefeitura, pelo menos até o fim das investigações. Por fim, disse que vai solicitar cópia do processo em questão à Justiça Federal para embasar eventuais encaminhamentos futuros.