Vereador desiste de ação em favor de Bernal: ‘cada um que cuide da sua vida’

Parlamentar diz que não pagará advogado do próprio bolso

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Parlamentar diz que não pagará advogado do próprio bolso

O vereador Ayrton Araújo (PT) desistiu de ação popular que tenta devolver a Prefeitura de Campo Grande a Alcides Bernal (PP). O processo foi retomado em abril deste ano, mas o advogado desistiu da causa e, agora, o parlamentar diz que não vai bancar assessoria jurídica do próprio bolso para defender o pepista.

“O grupo entrou com um advogado que abandonou a causa, então eu teria que pagar outro advogado. Não vou tirar do meu bolso para defender o Bernal ou quem quer que seja, já tenho os meus problemas”, diz Ayrton. E mais: “o Bernal que cuide da vida dele, cada um que cuide da sua; quem quiser ficar que fique, eu estou fora, vou cuidar do meu mandato e da minha vida”, encerra o petista.

A ação popular foi impetrada por vereadores de oposição – além de Ayrton, Cazuza (PP), Zeca (PT), Luiza Ribeiro (PPS) e Paulo Pedra (PDT) – e tramita na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Capital. O pedido é para tornar nulo o ato da Câmara Municipal que cassou Bernal, em março de 2014 – em maio do ano passado, neste processo, o ex-prefeito conseguiu liminar para retornar à Prefeitura, decisão cassada em questão de horas pelo TJ (Tribunal de Justiça).

Na segunda instância, o recurso da Câmara foi arquivado sem julgamento do mérito e, por isso, em 15 de abril deste ano a ação popular voltou a tramitar normalmente. No entanto, no dia 1º de abril o advogado da causa, João Paulo Bocalon renunciou à ação.

Quando mandou que fosse retomada a tramitação do processo, o juiz David de Oliveira Gomes Filho deu 10 dias para os autores constituírem novo advogado. Apenas os dois petistas não o fizeram e, em maio, Ayrton avisou que estava desistindo da ação.

O último andamento do processo data de 9 de julho. É uma certidão do cartório da vara avisando ter vencido o prazo para a Câmara Municipal, vereadores e Prefeitura apresentarem contestação.

Desde que o processo foi retomado, somente a atual vice-governadora, Professora Rose, vereadora na época da cassação, apresentou contestação. Em linhas gerais, diz não ter sido parte da comissão processante que culminou na cassação, tendo apenas exercido a função parlamentar de votar “de acordo com as suas convicções”.

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