Para eles viés negativo fica com a Câmara

Sem conseguir cumprir o papel para o qual foram convocados, os suplentes Roberto Durães (PT) e Aldo Dozinete (PPS) lamentaram o rumo tomado pela Comissão Processante instaurada na Câmara Municipal para investigar o vice-prefeito afastado de todas as funções públicas, Gilmar Olarte (PP). Após três meses de trabalho, o relator, Paulo Siufi (PMDB), apresentou relatório na manhã desta quinta-feira (12) no qual ficou definido o arquivamento do processo por perda de objeto, já que o pastor está fora do cargo. 

Os suplentes foram chamados para proferirem votos no lugar dos proponentes da investigação, os vereadores Luíza Ribeiro (PPS), Marcos Alex e Thais Helena, ambos do PT. Contudo, mesmo sem validarem opinião oficial, eles consideram que os reflexos negativos pelo rumo da investigação irão para os legisladores envolvidos.

“Lastimável essa decisão, ficou obscuro e nem acesso ao relatório eu tive, ninguém o convocou para entregar documento (antes da votação), vim aqui sem saber o conteúdo. Não concordo com isso, sem juízo de valor (sobre Olarte), mas do jeito que está, fica essa agonia para população. Se a Justiça voltá-lo ao cargo será um desgaste muito grande ter que fazer tudo de novo. Perde profundamente a credibilidade”, disse o petista.

Aldo preferiu não polemizar, mas concordo com a avaliação do colega. “ O viés negativo fica para quem arquivou. A comissão entendeu que perdeu objeto (a responsabilidade) cabe a quem assinou”, completou.

Olarte foi afastado do cargo no dia 25 de agosto, por ordem concedida no bojo da Operação Coffee Break, sobre suposto envolvimento de vereadores em corrupção visando cassar o prefeito, Alcides Bernal (PP). O relator da Comissão Processante é Paulo Siufi (PMDB). O colegiado foi presidido por João Rocha (PSDB), tendo Chiquinho Telles (PSD) como terceiro membro.