Policiais vão investigar mensagens

O celular do vice-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), já está com o promotor Marcos Alex Vera, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O prefeito não se apresentou ao Gaeco, mas enviou o aparelho por um advogado.

O promotor Marcos Alex Vera e policiais que ajudam o Gaeco chegaram a procurar o prefeito para notificá-lo, mas não encontraram. Eles entregaram a notificação ao procurador-geral do Município, Fábio Leandro, que ficou de informar o então prefeito.

Mesmo sem entregar o celular, Olarte não era considerado foragido, visto que ainda não foi convocado para prestar depoimento. Ele também não sofreria graves punições se não entregasse o aparelho, pois não foi notificado pelo Gaeco.

Ontem (25) o Gaeco ouviu nove vereadores, um ex-vereador e três empresários suspeitos de organizar a cassação de Alcides Bernal (PP), por meio de troca de cargos e até dinheiro. Prestaram depoimentos os vereadores Paulo Siufi (PMDB), Mario Cesar (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Chocolate (PP), Airton Saraiva (DEM), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB), Gilmar da Cruz (PRB) e Jamal (PR); o ex-vereador Alceu Bueno; os empresários João Baird e João Amorin e o diretor do Instituto Municipal de Tecnologia, Fábio Portela.

O promotor Marcos Alex Vera já adiantou que vereadores ouvidos ontem entraram em contradição e devem ser chamados novamente para depoimento, assim como citados por quem já prestou esclarecimento.

O Gaeco apreendeu o celular de Olarte e de outros 16 suspeitos, incluindo o trio de vereadores do PtdoB, Flavio Cesar, Eduardo Romero e Otávio Trad. Eles já prestaram depoimento em outra ocasião porque foram flagrados em reunião com Olarte poucos dias antes da cassação de Bernal.