Defensores tentam que investigados sejam ouvidos nesta segunda
“Eles só têm pressa para fazer mídia”. A afirmação é do advogado Douglas Wagner van Spitzenberger, que defende o engenheiro Maxwell Thomé Gomez, um dos nove presos temporariamente – soltos no sábado (14) – a pedido da força-tarefa do MPE (Ministério Público Estadual) criada a partir da Operação Lama Asfáltica.
Spitzenberger e o colega Hilário Carlos de Oliveira, advogado de Wilson Roberto Mariano, ex-diretor da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), tentam nesta segunda-feira (16) que seus clientes sejam ouvidos pelos promotores do caso. No entanto, dizem que não foram recebidos na sede da PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça), onde a força-tarefa atua.
“Não sei o que eles estão querendo. Não querem pegar o depoimento, mas querem prenderas pessoas. Está cheirando à época que prendiam todo mundo para depois ver o que fariam”, diz Oliveira. O advogado conta que protocolou documento pedindo para Beto ser ouvido em qualquer procedimento investigatório.
O caso corre em segredo de Justiça, ou seja, não é possível verificar o conteúdo. Teoricamente, um dos motivos de prisão temporária é possibilitar a tomada de depoimento do preso. Os nove, incluindo o ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, foram liberados no sábado.
Spitzenberger diz que a Corregedoria de Justiça também será comunicada. “A negativa é clara. Perderam toda a pressa, eles têm pressa só para fazer mídia”, reclama o advogado.
A força-tarefa do MPE foi criada a partir da Operação Lama Asfáltica. Esta, desencadeada por órgãos federais, investiga suposto esquema de desvio de verbas em diferentes esferas da administração pública em Mato Grosso do Sul.