Siufi reclama que perícia do Gaeco no celular quebra sigilo com pacientes

“Pacientes me mandam fotos relatando problemas”

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“Pacientes me mandam fotos relatando problemas”

O vereador Paulo Siufi (PMDB) que também atua como médico reclamou nesta quarta-feira (11) da perícia feita a pedido do Gaeco nos celulares pessoais dos parlamentares. Das 400 mil páginas geradas pela perícia nos celulares dos envolvidos na operação Coffee Break, 90% são conversas inúteis para a investigação, segundo despacho do desembargador Luiz Claudio Bonassini.

Para Siufi, isso mostra que o trabalho dele como médico pode ter sido invadido. “Pacientes me mandam fotos e mensagens referentes a atendimento, que tem sigilo. Isso é confidencial e deveria ser mantido assim. Como fica isso agora? É muito grave”, afirmou.

“Uso meu celular para a medicina. Dei meu voto na tribuna, nunca peguei nenhum centavo em troca”. Bonassini argumenta que, de acordo com os autos e com informações do próprio MPE (Ministério Público Estadual), a maioria expressiva das conversas são de cunho pessoal, sem qualquer relação com os fatos investigados. Por esse motivo, o magistrado cita a lei federal sobre esse tipo de prova, para sugerir que o material que não serve de prova seja destruído, por meio de incineração.

Sobre isso, Bonassini dá prazo de cinco dias para que o MPE se manifeste a respeito.

No mesmo despacho que determina a entrega do celular do vereador Otávio Trad (PTdoB) e a entrega à defesa dele de cópia na íntegra do que foi extraído do aparelho, o desembargador avaliou pedido do Gaeco, responsável pela Coffee Break, para que os vereadores Carlos Augusto Borges (PSB), mais conhecido como Carlão, e Edson Shimabukuro (PTB), sejam afastados, por terem entregues telefones que são os seus de uso pessoal para a perícia. Os dois receberam prazo de cinco dias para se manifestar e só depois disso haverá a decisão.

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