Ministro, desafio da transparência e racha partidário também foram destaques

A semana foi agitada na esfera política sul-mato-grossense. Campo Grande recebeu ministro, a Prefeitura revelou tabela salarial de algumas classes e prometeu abrir a caixa preta dos comissionados. Neste meio tempo a Justiça manteve blindagem à CPI da Enersul. Além disso, houve desafio para os vereadores entrarem na onda da transparência e até eleição de executiva partidária feita mesmo diante de rachaduras internas.

O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, esteve em Campo Grande na quarta-feira (24) e lançou o Propeq (Programa Estadual de Apoio aos Pequenos Negócios), além de palestrar aos interessados em investir no mundo dos negócios.

A Assembleia Legislativa, bem como o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), fizeram as honras da casa e assinaram o Termo de Cooperação Técnica do programa que tem intenção de aumentar a produtividade e competitividade das micro e pequenas empresas do Estado. 

Ainda na quarta, a Prefeitura divulgou a remuneração de cada professor da rede pública de ensino, após o Jornal Midiamax solicitar os dados com base na Lei de Acesso à Informação. O fato causou grande repercussão e os educadores reivindicaram que todos os salários municipais fossem expostos. A Prefeitura, por sua vez, se comprometeu em abrir os pagamentos feitos aos funcionários, incluindo comissionados e nomeados.

As tabelas remuneratórias dos guardas municipais, enfermeiros e agentes de saúde e endêmicos já estão no ar. No mesmo dia o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) manteve suspensa a CPI da Enersul. Os conselheiros foram unânimes ao negarem provimento ao regimental, ou seja, a tentativa de derrubar liminar que paralisou a comissão foi frustrada. Todos acompanharam o voto do relator, desembargador Dorival Pavan.

Na quinta-feira (25) o Jornal Midiamax lançou desafio aos 29 vereadores a entrarem na onda da transparência. Do total, apenas 5 legisladores divulgaram seus holerites: Eduardo Romero (PTdoB), Chiquinho Telles (PDT), Luiza Ribeiro (PPS), Cazuza (PP) e Coringa (PSD). O presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), garantiu que os comprovantes salariais dos parlamentares seriam públicas, mas até agora não houve respaldo.

Já na sexta-feira (26) o impasse iniciado há dias no PDT continuou, porém não foi suficiente para impedir que o deputado federal, Dagoberto Nogueira, fosse eleito presidente regional da cúpula. A polêmica começou no último dia 19 quando a convenção estadual foi interrompida por rixas internas.

O ex-dirigente, João Leite Schimidt, impediu que Dagoberto fosse conduzido ao comando da sigla. Ao decorrer da semana a divergência não foi resolvida, mesmo assim o parlamentar conquistou a função.