Sem provas: empresa diz que peixes não foram congelados por falta de energia
Animais mortos deveriam ficar em câmara fria para estudo
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Animais mortos deveriam ficar em câmara fria para estudo
Em reunião com a comissão especial formada pela Assembleia Legislativa para acompanhar as obras do Aquário do Pantanal, o dono da empresa que até então era responsável pela conservação dos peixes, Anambi Análise Ambiental, Geraldo Augusto, revelou que os 6.111 exemplares mortos deveriam ser congelados para estudo, mas acabaram sendo enterrados por falta de energia elétrica para mantê-los no gelo.
Sem ter amparo de provas, ele sugeriu que os interessados entrem em contato com Energisa para comprovar as recorrentes quedas de eletricidade sofridas no local onde estão os tanques. “Não tinha energia o suficiente para manter os tanques. O congelamento era importante a título de estudo também”, explicou. Por meio dos peixes os técnicos conseguiriam detectar exatamente as causas das mortes.
Geraldo alegou que 13.445 ainda permanecem em “quarentena”, que deveria durar determinado período, mas sem previsão de inauguração da obra os exemplares terão de ficar armazenados na PMA (Polícia Militar Ambiental). Ele nega que tenha havido negligência e garante ser normal tal índice de mortandade.
Os deputados parecem concordar com a tese. Lídio Lopes (PEN), presidente da comissão, faz a mesma afirmação. “Há mortes mesmo. É normal alguns não resistirem”, disse. Os parlamentares já foram à PMA, à Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) e na semana em que retornarem do recesso pretendem ir à construção do Aquário.
“Sabemos que não podemos apontar os culpados, mas seja o governo, a empresa ou quem for vamos fazer o levantamento de todos os dados e quando tivermos relatório pronto os órgãos competentes vão recebê-lo”, garantiu.
A obra foi iniciada em 2011 durante a gestão de André Puccinelli (PMDB) com previsão de R$ 80 milhões em investimento. Hoje a obra já consumiu mais de R$ 200 milhões e não há previsão de entrega. “Por isso tudo, a perda dos peixes é o menor gasto gerado até agora”, finalizou Lídio.
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